Pesquisa Ibope dá 24 pontos de vantagem para Dilma sobre Serra
DE SÃO PAULO
Pesquisa Ibope divulgada neste sábado mostra que a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, abriu 24 pontos de vantagem sobre José Serra, candidato do PSDB.
A petista tem 51% das intenções de voto contra 27% do tucano. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
No último levantamento, os índices eram de 43% e 32%, respectivamente. A enquete anterior foi feita antes do início do horário eleitoral na TV e no rádio. A vantagem de 24 pontos, portanto, reflete os dez dias de exposição dos candidatos nos meios eletrônicos.
A candidata do PV, Marina Silva, caiu para 7%, ante os 8% averiguados na última pesquisa.
Somados, todos os adversários de Dilma tem 35% das intenções de voto, 16 pontos percentuais a menos do que ela. Se a eleição fosse hoje, a ex-ministra venceria no primeiro turno com 59% dos votos válidos.
A performance de Dilma já pode ser comparada à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de 2006. Na época, no primeiro turno, Lula teve 59% dos votos válidos como teto nas pesquisas.
ESTADOS
A candidata petista passou Serra em São Paulo, Estado que o tucano governou até o início do ano. Entre os paulistas, 42% declararam voto em Dilma, e 35% em Serra.
Em Minas Gerais, a ex-ministra tem o dobro de votos do adversário: 51% contra 25%.
São Paulo e Minas são os dois maiores colégios eleitorais do país.
No Rio de Janeiro a pesquisa mostra um cenário ainda pior para a campanha tucana. Dilma abriu 41 pontos de vantagem: 57% a 16%.
REGIÕES
No Nordeste, a petista tem mais do que o triplo de intenções de voto, chegando a 66% contra 20% de Serra.
No Sudeste, vence por 44% a 30%, e no combinado Norte/Centro-Oeste, por 56% a 24%.
No Sul, há um empate técnico: 40% a 35%, com vantagem para Dilma. É a única região onde a margem de erro é de 5 pontos percentuais. Na comparação com o último levantamento, a petista subiu cinco pontos, e Serra caiu nove.
RENDA
Entre os eleitores que têm renda familiar de até um salário mínimo, 58% manifestam a intenção de votar em Dilma, e 22% em Serra.
Há um empate no eleitorado com renda superior a cinco salários: a ex-ministra tem 39%, e o ex-governador, 38%.
REJEIÇÃO
A taxa de rejeição à candidata petista caiu dois pontos e ficou na casa dos 17%. Já em relação a Serra, 27% dos entrevistados afirmaram que não votariam nele.
Segundo o Ibope, 88% sabem que Dilma é a candidata de Lula.
REGISTRO
A pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, realizada entre os dias 24 e 26 de agosto, ouviu 2.506 eleitores em todo o país. Ela está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 26139/2010.
Fonte: Folha.com
29/08/2010
BLOGGER DA MILITÂNCIA PETISTA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
ESTE BLOG NÃO TEM QUALQUER VÍNCULO AO DIRETÓRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS. É EXCLUSIVAMENTE ORGANIZADO POR MILITANTES PETISTAS DO MUNICÍPIO ANTES REFERIDO.
domingo, 29 de agosto de 2010
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Dilma abre 20 pontos e já ultrapassa Serra em SP e no RS
FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA
A candidata do PT a presidente, Dilma Rousseff, manteve sua tendência de alta e foi a 49% das intenções de voto. Abriu 20 pontos de vantagem sobre seu principal adversário, José Serra, do PSDB, que está com 29%, segundo pesquisa Datafolha. Os contratantes do levantamento são a Folha e a Rede Globo.
Realizada nos dias 23 e 24 com 10.948 entrevistas em todo o país, o levantamento também indica que Dilma lidera agora em segmentos antes redutos de Serra. A petista passou o tucano em São Paulo, no Rio Grande do Sul e no Paraná e entre os eleitores com maior faixa de renda.
Em São Paulo, Estado governado por Serra até abril e por tucanos há 16 anos, Dilma saiu de 34% na semana passada e está com 41% agora. O ex-governador caiu de 41% para 36%.
Na capital paulista, governada por Gilberto Kassab (DEM), aliado de Serra, ela tem 41% e ele, 35%.
No Rio Grande do Sul, a petista saiu de 35% e foi a 43%. Já Serra caiu de 43% para 39% entre os gaúchos.
A margem de erro máxima da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Todas as oscilações nacionais se deram dentro do limite.
Dilma tinha 47% na sondagem do dia 20 e foi a 49%. Serra estava com 30% e agora tem 29% Marina Silva (PV) manteve-se em 9%. Há 4% que dizem votar em branco, nulo ou em nenhum. E 8% estão indecisos. Os demais candidatos não pontuaram.
Se a eleição fosse hoje, Dilma teria 55% dos votos válidos (os que são dados apenas aos candidatos) e venceria no primeiro turno.
Serra se mantém ainda à frente em alguns poucos estratos do eleitorado. Por exemplo, entre os eleitores de Curitiba, capital do Paraná, onde registra 40% contra 31% de sua adversária direta.
'BOLSÕES'
Mas o avanço da petista ocorre também nesses bolsões serristas. No levantamento de 9 a 12 deste mês, Serra liderava entre os curitibanos com 43% contra 24% de Dilma, uma vantagem de 19 pontos. Agora, a diferença caiu para nove pontos.
Quando se observam regiões do país, a candidata do PT lidera em todas, inclusive no Sul. Na semana passada, ela estava tecnicamente empatada com Serra, mas numericamente atrás: tinha 38% contra 40% do tucano.
Agora, a situação se inverteu, com Dilma indo a 43% e o tucano deslizando para 36% entre eleitores sulistas.
SEGUNDO TURNO
Como reflexo de seu desempenho geral, Dilma também ampliou a vantagem num eventual segundo turno. Saiu de 53% na semana passada e está com 55%. Serra oscilou de 39% para 36%. Ampliou-se a distância, que era de 14, para 19 pontos.
Outro dado relevante e que indica um mau sinal para o tucano é a taxa de rejeição. Dilma é rejeitada por 19% dos eleitores, taxa que se mantém estável desde maio.
Já Serra está agora com 29% (eram 27% semana passada) e chega a seu maior percentual neste ano.
Na pesquisa espontânea, quando os eleitores não escolhem os nomes de uma lista de candidatos, Dilma foi a 35% contra 18% de Serra.
No levantamento anterior, os percentuais eram 31% e 17%, respectivamente.
A pesquisa está registrada no TSE sob o número 25.473/2010.
Aprovação a Lula chega a 79% e atinge novo recorde
FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a bater um recorde de popularidade e agora seu governo é aprovado por 79% dos eleitores brasileiros, segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 23 e 24, com 10.948 entrevistas em todo o país.
A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Antes da atual pesquisa, o máximo de aprovação a Lula era de 78%, registrado em pesquisa dos dias 30 de junho e 1º de julho últimos.
No levantamento anterior, realizado nos dias 9 a 12 deste mês, o governo do petista teve 77% de aprovação.
Desde dezembro sua taxa de "bom/ótimo" está acima de 70%. Segundo o Datafolha, hoje 17% consideram a administração federal do PT "regular". Para outros 4% o governo é "ruim/péssimo".
Embora as variações da taxa de aprovação tenham sido dentro da margem de erro da pesquisa Datafolha, Lula é o primeiro presidente da República a alcançar esse percentual de popularidade nas pesquisas do instituto.
O Datafolha pesquisou a avaliação de todos os presidentes eleitos pelo voto direto depois da ditadura militar (1964-1985). Fernando Collor (1990-1992) teve uma popularidade máxima de 36%. Fernando Henrique Cardoso (1995-2001) chegou a 47%.
Apesar do recorde de popularidade, a nota média atribuída ao presidente não mudou. Era 8,1 no início do mês e ficou estável.
Para 81% dos eleitores brasileiros, Lula merece notas iguais ou superiores a 7, sendo que 33% citam a nota máxima, dez. Só 2% dos entrevistados dão zero.
Lula vai melhor entre eleitores de Dilma Rousseff (8,9), habitantes do Nordeste (8,7), os pernambucanos (8,9) e os que têm nível fundamental de escolaridade (8,6) e renda familiar de até dois salários mínimos (8,5).
Fonte: Folha.com
26/08/2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
E agora José? - Por Adilson Filho
Por Adilson Filho:
E AGORA JOSÉ?
E agora, José?
A festa acabou,
a Dilma ganhou
o Índio sumiu,
a Globo mudou..
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem graça,
que zomba da massa,
você que fez plágio
que amou o pedágio
e agora, José?
Está sem “migué”
está sem discurso,
está sem caminho..
não pode beber,
não pode fumar,
cuspir não se pode,
nem mesmo blogar?
a noite esfriou,
o farol apagou
o voto não veio,
o pobre não veio,
o rico não veio..
não veio a utopia
não veio o João
tão pouco a Maria
e tudo acabou
o Diogo fugiu
o Bornhausen mofou,
e agora, José
E agora, José ?
Sua outra palavra,
seu instante de Lula:
careca de barba!
sua gula e jejum,
sua favela dourada
sua “São-Paulo de ouro”
seu telhado de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora ?
com a chave na mão
quer abrir qualquer porta,
não existe porta;
o navio afundou
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
nem Rio, Bahia, Sergipe, Goiás..
José, e agora ?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa da despedida
e a Miriam tirasse…
se você dormisse,
se você cansasse,
como o leitor do Noblat
se você “morresse”
Mas você não morre,
você é vaso “duro”, José !
E sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem megalomania
Sem Folha, O Globo, Estadão, o Dia..
sem Cantanhede
para se encostar,
sem o cheiro da massa
pra você respirar..
e sem cavalo grego
que fuja a galope,
sem o Ali Babá
pra lhe arranjar algum golpe,
você marcha, José !
José, pra onde?
pra sempre?
E agora, José?
Se quando a festa acabou, o povo falou
que sem você, podia muito mais..
Então, nesse caso: Até nunca mais, José!
A festa acabou,
a Dilma ganhou
o Índio sumiu,
a Globo mudou..
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem graça,
que zomba da massa,
você que fez plágio
que amou o pedágio
e agora, José?
Está sem “migué”
está sem discurso,
está sem caminho..
não pode beber,
não pode fumar,
cuspir não se pode,
nem mesmo blogar?
a noite esfriou,
o farol apagou
o voto não veio,
o pobre não veio,
o rico não veio..
não veio a utopia
não veio o João
tão pouco a Maria
e tudo acabou
o Diogo fugiu
o Bornhausen mofou,
e agora, José
E agora, José ?
Sua outra palavra,
seu instante de Lula:
careca de barba!
sua gula e jejum,
sua favela dourada
sua “São-Paulo de ouro”
seu telhado de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora ?
com a chave na mão
quer abrir qualquer porta,
não existe porta;
o navio afundou
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
nem Rio, Bahia, Sergipe, Goiás..
José, e agora ?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa da despedida
e a Miriam tirasse…
se você dormisse,
se você cansasse,
como o leitor do Noblat
se você “morresse”
Mas você não morre,
você é vaso “duro”, José !
E sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem megalomania
Sem Folha, O Globo, Estadão, o Dia..
sem Cantanhede
para se encostar,
sem o cheiro da massa
pra você respirar..
e sem cavalo grego
que fuja a galope,
sem o Ali Babá
pra lhe arranjar algum golpe,
você marcha, José !
José, pra onde?
pra sempre?
E agora, José?
Se quando a festa acabou, o povo falou
que sem você, podia muito mais..
Então, nesse caso: Até nunca mais, José!
Pesquisa CNT/Sensus: Dilma tem 46% das intenções de voto; Serra, 28,1%
Camila Campanerut
Do UOL Eleições
Em Brasília
Pesquisa CNT/Sensus divulgada na manhã desta terça-feira (24) mostra a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, na frente das intenções de voto, com 46%, contra 28,1% de José Serra (PSDB). Em terceiro lugar está a senadora Marina Silva (PV) com 8,1%. Votos em branco, nulos e indecisos somam 16,8%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
Na última pesquisa, a ex-ministra da Casa Civil liderava com 41,6%, Serra aparecia com 31,6% e Marina registrava 8,5%. Votos em branco, nulo e indecisos representavam 14,3%.
"É uma eleição tecnicamente decidida em primeiro turno a partir dos dados de hoje. Dilma tem 55,3% dos votos válidos e os demais candidatos tem 44,7%", explicou Clésio Andrade, presidente da CNT.
“Não estamos afirmando que a eleição terminou. A eleição só acontece no dia 3 de outubro, mas nunca vimos uma pessoa com 40% ou mais de intenção de votos não ir para o segundo turno", esclareceu o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, no sentido de indicar que dificilmente haja uma reviravolta do cenário eleitoral estudado pelo instituto.
A 103ª edição da pesquisa fez uma simulação de segundo turno entre a candidata petista e o tucano. Nela, Dilma aparece com 52,9%, contra 34% do ex-governador de São Paulo. Dentro desse cenário, brancos, nulos e indecisos chegam a 13,%.
Nesta edição da pesquisa, não houve simulação de segundo turno entre Marina e Serra e Dilma e Marina.
Na pesquisa espontânea – a que os nomes de candidatos não são indicados aos entrevistados - Dilma aparece com 37,2% das intenções de voto, contra 21,2% de Serra e 6% de Marina Silva. Brancos, nulos e indecisos representam 30,6%.
Propaganda política
O levantamento atual também levou em consideração questões a respeito das propagandas políticas veiculadas no rádio e na televisão desde o último dia 17 de agosto. Um total de 42,9% dos entrevistados afirmaram acompanhar o horário eleitoral gratuito.
Destes, 56% disseram que Dilma foi a candidata que apresentou a melhor propaganda eleitoral. Já para 34% dos entrevistados, a performance do tucano foi melhor e 7,5% avaliaram que a candidata do partido verde teve a melhor exposição na propaganda eleitoral.
Na avaliação do diretor do Instituto Sensus, o programa eleitoral da candidata do governo teve boa aceitação com uma imagem de leveza, com um programa que emocionou e mostrou resultados. De acordo com Guedes, o candidato tucano, principal adversário de Dilma, foi prejudicado pelo "episódio da escolha do vice", pela "questão da judicialização da campanha" e pela "demonstração de ser contrário à política do presidente Lula".
Expectativa de vitória
Os entrevistados também foram questionados sobre quem ganharia as eleições para presidente da República neste ano, independentemente do voto do eleitor. Segundo o levantamento, 61,8% apontaram Dilma como vencedora, enquanto outros 21,9% indicaram Serra. Para 1,3%, Marina Silva é a favorita. O índice de entrevistados que não responderam ou não souberam totalizou 14,2%.
Em relação à pesquisa realizada em julho, a expectativa de vitória de Dilma subiu quase 15 pontos percentuais. Na ocasião, a petista tinha 47,1%, Serra contava com 30,3% e Marina tinha 2,2%. Não responderam e não souberam: 16,7%.
Rejeição dos candidatos
A rejeição de Marina Silva e José Serra teve um crescimento expressivo nesta pesquisa se comparada com a anterior. Hoje, 40,7% dos ouvidos não votariam “de jeito nenhum” em Serra, enquanto que na edição anterior eles somavam 30,8%. Em relação à Marina, 47,9% não votariam nela, ante 29,7% na pesquisa anterior.
Já o percentual de Dilma de rejeição se manteve estável levando em conta a margem de erro. O atual é de 28,9% e na pesquisa passada era de 25,3%. A petista também subiu a sua aceitação como “única candidata em quem os entrevistados votariam”, com 39,8% nesta pesquisa e na passada, 34,6%.
Para 22,6% dos ouvidos, Serra aparece como o único que votariam, contra 25,5% da edição anterior. Para Marina, 8,3% a indicaram como a única candidata possível. No levantamento anterior, eles somavam 10,9%
Dados regionais
Das cinco regiões do país, Dilma aparece em primeiro lugar em quatro delas, com exceção do Sul, onde José Serra venceria as eleições com 47,8% dos votos. A petista aparece em segundo lugar com 35,7%, seguida por Marina Silva, com 6,9%. Brancos, nulos e indecisos representam 9,3% dos votos.
Na região Nordeste, a ex-ministra da Casa Civil tem seu melhor resultado, com 62,1%. Serra aparece com 19,8% e Marina Silva, com 6,4%. Brancos, nulos e indecisos somam 11,1%.
As regiões Norte e Centro Oeste são analisadas juntas e apontam Dilma com 45%, Serra com 25,5% e Marina com 7,6%. Brancos, nulos e indecisos chegam a 20,5%.
Na região Sudeste, a diferença entre Dilma e Serra é menor. A petista lidera com 39,2%, o tucano com 27,6% e a candidata verde aparece com 9,7% dos votos. Brancos, nulos e indecisos representam 21,8% dos votos.
Votos por gênero
Entre os entrevistados, 49,4% dos homens votariam em Dilma, 28,7% optariam por Serra e 7,6% escolheriam Marina Silva. Dentro desse cenário, brancos, nulos e indecisos chegam a 13%.
Já a avaliação das mulheres indicou que 42,9% votariam em Dilma, 27,4% em Serra, 8,4% em Marina.e 20,3% ainda estão indecisas ou votariam em branco ou nulo.
Nesta edição, o governo Lula e o desempenho pessoal do presidente não foram avaliados com os entrevistados.
Para a 103ª Pesquisa CNT/Sensus, foram entrevistadas 2.000 pessoas, em 136 municípios de 24 Estados, entre os dias 20 e 22 de agosto de 2010. A pesquisa foi registrada no TSE com o número 24.903/2010.
Fonte: Sensus / UOL / Folha.com
24/08/2010
Camila Campanerut
Do UOL Eleições
Em Brasília
Pesquisa CNT/Sensus divulgada na manhã desta terça-feira (24) mostra a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, na frente das intenções de voto, com 46%, contra 28,1% de José Serra (PSDB). Em terceiro lugar está a senadora Marina Silva (PV) com 8,1%. Votos em branco, nulos e indecisos somam 16,8%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
Na última pesquisa, a ex-ministra da Casa Civil liderava com 41,6%, Serra aparecia com 31,6% e Marina registrava 8,5%. Votos em branco, nulo e indecisos representavam 14,3%.
"É uma eleição tecnicamente decidida em primeiro turno a partir dos dados de hoje. Dilma tem 55,3% dos votos válidos e os demais candidatos tem 44,7%", explicou Clésio Andrade, presidente da CNT.
“Não estamos afirmando que a eleição terminou. A eleição só acontece no dia 3 de outubro, mas nunca vimos uma pessoa com 40% ou mais de intenção de votos não ir para o segundo turno", esclareceu o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, no sentido de indicar que dificilmente haja uma reviravolta do cenário eleitoral estudado pelo instituto.
A 103ª edição da pesquisa fez uma simulação de segundo turno entre a candidata petista e o tucano. Nela, Dilma aparece com 52,9%, contra 34% do ex-governador de São Paulo. Dentro desse cenário, brancos, nulos e indecisos chegam a 13,%.
Nesta edição da pesquisa, não houve simulação de segundo turno entre Marina e Serra e Dilma e Marina.
Na pesquisa espontânea – a que os nomes de candidatos não são indicados aos entrevistados - Dilma aparece com 37,2% das intenções de voto, contra 21,2% de Serra e 6% de Marina Silva. Brancos, nulos e indecisos representam 30,6%.
Propaganda política
O levantamento atual também levou em consideração questões a respeito das propagandas políticas veiculadas no rádio e na televisão desde o último dia 17 de agosto. Um total de 42,9% dos entrevistados afirmaram acompanhar o horário eleitoral gratuito.
Destes, 56% disseram que Dilma foi a candidata que apresentou a melhor propaganda eleitoral. Já para 34% dos entrevistados, a performance do tucano foi melhor e 7,5% avaliaram que a candidata do partido verde teve a melhor exposição na propaganda eleitoral.
Na avaliação do diretor do Instituto Sensus, o programa eleitoral da candidata do governo teve boa aceitação com uma imagem de leveza, com um programa que emocionou e mostrou resultados. De acordo com Guedes, o candidato tucano, principal adversário de Dilma, foi prejudicado pelo "episódio da escolha do vice", pela "questão da judicialização da campanha" e pela "demonstração de ser contrário à política do presidente Lula".
Expectativa de vitória
Os entrevistados também foram questionados sobre quem ganharia as eleições para presidente da República neste ano, independentemente do voto do eleitor. Segundo o levantamento, 61,8% apontaram Dilma como vencedora, enquanto outros 21,9% indicaram Serra. Para 1,3%, Marina Silva é a favorita. O índice de entrevistados que não responderam ou não souberam totalizou 14,2%.
Em relação à pesquisa realizada em julho, a expectativa de vitória de Dilma subiu quase 15 pontos percentuais. Na ocasião, a petista tinha 47,1%, Serra contava com 30,3% e Marina tinha 2,2%. Não responderam e não souberam: 16,7%.
Rejeição dos candidatos
A rejeição de Marina Silva e José Serra teve um crescimento expressivo nesta pesquisa se comparada com a anterior. Hoje, 40,7% dos ouvidos não votariam “de jeito nenhum” em Serra, enquanto que na edição anterior eles somavam 30,8%. Em relação à Marina, 47,9% não votariam nela, ante 29,7% na pesquisa anterior.
Já o percentual de Dilma de rejeição se manteve estável levando em conta a margem de erro. O atual é de 28,9% e na pesquisa passada era de 25,3%. A petista também subiu a sua aceitação como “única candidata em quem os entrevistados votariam”, com 39,8% nesta pesquisa e na passada, 34,6%.
Para 22,6% dos ouvidos, Serra aparece como o único que votariam, contra 25,5% da edição anterior. Para Marina, 8,3% a indicaram como a única candidata possível. No levantamento anterior, eles somavam 10,9%
Dados regionais
Das cinco regiões do país, Dilma aparece em primeiro lugar em quatro delas, com exceção do Sul, onde José Serra venceria as eleições com 47,8% dos votos. A petista aparece em segundo lugar com 35,7%, seguida por Marina Silva, com 6,9%. Brancos, nulos e indecisos representam 9,3% dos votos.
Na região Nordeste, a ex-ministra da Casa Civil tem seu melhor resultado, com 62,1%. Serra aparece com 19,8% e Marina Silva, com 6,4%. Brancos, nulos e indecisos somam 11,1%.
As regiões Norte e Centro Oeste são analisadas juntas e apontam Dilma com 45%, Serra com 25,5% e Marina com 7,6%. Brancos, nulos e indecisos chegam a 20,5%.
Na região Sudeste, a diferença entre Dilma e Serra é menor. A petista lidera com 39,2%, o tucano com 27,6% e a candidata verde aparece com 9,7% dos votos. Brancos, nulos e indecisos representam 21,8% dos votos.
Votos por gênero
Entre os entrevistados, 49,4% dos homens votariam em Dilma, 28,7% optariam por Serra e 7,6% escolheriam Marina Silva. Dentro desse cenário, brancos, nulos e indecisos chegam a 13%.
Já a avaliação das mulheres indicou que 42,9% votariam em Dilma, 27,4% em Serra, 8,4% em Marina.e 20,3% ainda estão indecisas ou votariam em branco ou nulo.
Nesta edição, o governo Lula e o desempenho pessoal do presidente não foram avaliados com os entrevistados.
Para a 103ª Pesquisa CNT/Sensus, foram entrevistadas 2.000 pessoas, em 136 municípios de 24 Estados, entre os dias 20 e 22 de agosto de 2010. A pesquisa foi registrada no TSE com o número 24.903/2010.
Fonte: Sensus / UOL / Folha.com
24/08/2010
Lula no ABC: Dilma veio pegar energia na porta da fábrica onde tudo começou
Numa assembleia especial que reuniu cerca de 10 mil trabalhadores na porta da fábrica da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, o Presidente Lula "apresentou" no início da manhã desta segunda-feira (23), a ex-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff como candidata do PT e dele a presidente.
Lula chamou Dilma de "presidenta" e disse que, embora as pesquisas sejam favoráveis, não dá para ganhar a eleição apenas com elas. "Quanto mais as pesquisas ficam favoráveis, mais a gente tem de assumir responsabilidade", disse ele, às 6 horas.
Acompanhado dos candidatos a governador de São Paulo Aloizio Mercadante (PT) e a senador Marta Suplicy (PT-SP), Lula destacou a importância de trazer a candidata do PT a presidente para a porta de uma fábrica, onde a história política dele começou. "Era importante Dilma pegar energia aqui, na porta de uma fábrica, onde tudo começou." Além de Mercadante e Marta, estavam o deputados Antonio Palocci (PT-SP) e José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP), coordenadores da campanha da candidata do PT, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e antigos colegas do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Depois do breve comício, o presidente desceu do caminhão de som, acompanhado de Dilma e dos candidatos do PT a governador e a senador por São Paulo, para cumprimentar os operários na entrada da unidade. "Não é sempre que um trabalhador pode pegar na mão de uma mulher presidente da República", justificou. Durante o discurso, o presidente lembrou dos tempos de sindicato e dos principais companheiros que acompanharam a trajetória dele. "Aqui, passamos um pouco de tudo", disse a Dilma. Lula propôs-se ainda a panfletar diante da fábrica. "Como vou perder o emprego em 1º de janeiro, nada como aprender a entregar panfleto outra vez", brincou.
A última vez que Lula visitou a empresa foi em 2006, nos 50 anos da fábrica, menos de um mês após a reeleição ao cargo.Desde a sexta-feira, esse é o terceiro evento na Grande São Paulo. O maior colégio eleitoral do País é administrado há 16 anos pelo PSDB e um dos poucos Estados em que o candidato a presidente José Serra (PSDB) está à frente da candidata petista nos levantamentos de intenção de voto. "Se Deus está conosco, quem está contra a gente?", perguntou Lula.
Em visita em junho à fábrica da Volkswagen, também em São Bernardo do Campo, o presidente havia informado que voltaria ao ABC durante a campanha. Na época, Lula disse aos funcionários da montadora que não estranhassem caso ele subisse em palanques às 6 horas.
Assista o vídeo produzido pelo www.dilma13.com.br
Fonte: PT (23/08/2010)
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Blog do Jefferson - UOL Blog
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Encontro Nacional dos Secretários de Organização da CUT
Encontro Nacional dos Secretários de Organização da CUT
domingo, 22 de agosto de 2010
Blog do Jefferson - UOL Blog
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Amazônia perde 29 áreas protegidas entre 2008 e 2009
Amazônia perde 29 áreas protegidas entre 2008 e 2009
Direitos trabalhistas são entraves ao bem-estar das pessoas?
Ouvi uma entrevista com uma especialista em recursos humanos no rádio. Olha, estou acostumado a me deparar com cada coisa, mas dessa vez eu fiquei atônito. Não com o conteúdo que ela trazia ao público, mas com a sinceridade com o qual tratou alguns temas, defendendo que determinadas regras trabalhistas atrapalham o bem-estar das pessoas. Vamos a alguns deles:
- Extensão da licença maternidade para seis meses. Basicamente, ela taxou isso como um absurdo, uma vez que a mulher, quando volta, está completamente fora do tempo da empresa, que avançou sem ela, e poderia ser tornaria descartável. Ou seja, a culpa é do maldito ato de amamentar e daquele ingrato bebê que foi nascer logo agora quando havia um lugar ao sol para a mulher! Nada sobre o ambiente criado que ignora que (ainda) não somos máquinas, mas sim seres de carne e osso com uma vida do lado de fora.
Primeiro, se a mãe não quer usar esse tempo, ótimo, use o quanto quiser, mas é ela quem deve fazer a escolha e não essa pressão corporativa idiota. Segundo, as empresas deveriam atuar individualmente com as profissionais para a readaptação ao local de trabalho, se necessário, como em muitos países desenvolvidos. Terceiro, há países da Europa em que a licença estendida pode ser dada à mãe ou ao pai – sim, em um casal com direitos iguais, tarefas divididas igualmente. Há locais em que ela opta por tirar quatro meses e os outros dois ou oito meses ficam com o pai, se assim decidirem.
- Ponto eletrônico. Segundo a entrevista, voltamos à idade da pedra do trabalho pelo governo federal adotar o ponto eletrônico com impressão de comprovante, segundo ela em um momento em que contar horas trabalhadas perdem em importância diante da adaptação do serviço à vida do empregado e ao seu bem-estar. Há!
Como já disse aqui, ao longo do tempo, o Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério Público do Trabalho receberam muitas denúncias relacionadas a fraudes nos sistemas de ponto utilizados por grandes empresas como magazines varejistas e redes de supermercados. Denúncias formuladas por trabalhadores e sindicatos, que revelaram fraudes, em especial com a finalidade de reduzir as horas extras. Foram encontrados programas de controle de ponto eletrônico que permitiam que o empregador, por meio de senhas, tivesse acesso posterior às marcações dos empregados e pudesse – inclusive – alterar horários de entrada e de saída, além dos intervalos para repouso e alimentação. Ou seja, depois que você bateu o cartão, alguém vai lá e diminui o seu tempo de trabalho. Uma rede de supermercados confessou a um juiz no Rio Grande do Norte que alterava “para o bem” as marcações. Faz-me-rir. Reclama-se que isso vai gerar papel. Se isso garantir que o trabalhador não seja tungado, ótimo, vale a pena.
Eu sou um escravo do meu smartphone, por isso sei muito bem os males que ele faz à minha saúde física e social da mesma forma que reconheço as coisas boas. A Folha de S. Paulo trouxe uma matéria neste domingo (“Tecnologia prolonga jornada de trabalho”) que trata exatamente como o uso desses aparelhinhos, além dos computadores portáteis, pode aumentar o tempo trabalhado – muitas vezes não remunerado. Há quem defenda isso, dizendo que a desterritorialização do local trabalho pode aumentar o bem-estar do trabalhador. O problema é que nem sempre o trabalho é um prazer e você acaba carregando um fardo para onde quer que vá, à disposição, produzindo valor que não será, necessariamente, embolsado por você. Como disse o professor Ricardo Antunes, da Unicamp, na mesma matéria: “Aumentam os adoecimentos e o estresse. A aparência da liberdade do trabalho em casa é contraditada por um trabalho que se esparrama por todas as horas do dia e da noite”.
Na entrevista que ouvi hoje, a especialista não quis se aprofundar na questão da redução da jornada de trabalho. Disse que não faz sentido, hoje, a discussão de horas, mais ou menos pela mesma crítica que fez ao ponto eletrônico. Não? Conforme a Organização Internacional do Trabalho divulgou a redução do teto da jornada para 40 horas semanais, como defendem as centrais sindicais, beneficiaria um contingente de 18,7 milhões de trabalhadores brasileiros, que teriam mais horas para ficar só com a familia, fazer um curso, ter lazer, beber cerveja na frente da TV, qualquer coisa menos pensar em trabalho. Porque pensar em trabalho, às vezes, cansa tanto quanto trabalhar.
Um dado interessante: de acordo com a OIT, a média de horas trabalhadas por semana pelos homens era de 44 horas, quase oito a mais do que a jornada das mulheres, de 36,4 horas. Mas no conjunto das mulheres brasileiras ocupadas, uma expressiva proporção de 87,8% também realizava afazeres domésticos, enquanto que entre os homens tal proporção expressivamente inferior (46,5%). A média de horas dedicadas aos afazeres domésticos foi de 18,3 pelas mulheres e de 4,3 pelos homens ocupados, ou seja, 14 horas a menos. Somando, as horas trabalhadas fora e em casa, as mulheres são mais exigidas. Afazeres domésticos, como cuidar dos filhos, muitas vezes sem a mínima ajuda do marido.
Apesar de vir da boca de uma especialista em RH, essas posições certamente encontram eco entre direções e gerências de empresas. Seria interessante que cada vez mais esses temas ganhassem o debate público e que trabalhadores e patrões pudessem expor seus pontos de vista. Melhor ainda se os candidatos nestas eleições gerais colocassem para fora o que pensam dos temas.
Mas, como já disse, nenhum postulante está sendo verdadeiramente pressionado a se posicionar a respeito de qualquer projeto concreto de interesse dos assalariados ou dos mais pobres em entrevistas, debates, artigos ou editoriais. Temas como redução da jornada de trabalho, aumento da licença maternidade, taxação de grandes fortunas, correção dos índices de produtividade da terra, defesa do Código Florestal, entre outros, são tratados como polêmica ou tabus pelas campanhas. Assim fica difícil.
Blog do Sakamoto
22/08/2010
Ouvi uma entrevista com uma especialista em recursos humanos no rádio. Olha, estou acostumado a me deparar com cada coisa, mas dessa vez eu fiquei atônito. Não com o conteúdo que ela trazia ao público, mas com a sinceridade com o qual tratou alguns temas, defendendo que determinadas regras trabalhistas atrapalham o bem-estar das pessoas. Vamos a alguns deles:
- Extensão da licença maternidade para seis meses. Basicamente, ela taxou isso como um absurdo, uma vez que a mulher, quando volta, está completamente fora do tempo da empresa, que avançou sem ela, e poderia ser tornaria descartável. Ou seja, a culpa é do maldito ato de amamentar e daquele ingrato bebê que foi nascer logo agora quando havia um lugar ao sol para a mulher! Nada sobre o ambiente criado que ignora que (ainda) não somos máquinas, mas sim seres de carne e osso com uma vida do lado de fora.
Primeiro, se a mãe não quer usar esse tempo, ótimo, use o quanto quiser, mas é ela quem deve fazer a escolha e não essa pressão corporativa idiota. Segundo, as empresas deveriam atuar individualmente com as profissionais para a readaptação ao local de trabalho, se necessário, como em muitos países desenvolvidos. Terceiro, há países da Europa em que a licença estendida pode ser dada à mãe ou ao pai – sim, em um casal com direitos iguais, tarefas divididas igualmente. Há locais em que ela opta por tirar quatro meses e os outros dois ou oito meses ficam com o pai, se assim decidirem.
- Ponto eletrônico. Segundo a entrevista, voltamos à idade da pedra do trabalho pelo governo federal adotar o ponto eletrônico com impressão de comprovante, segundo ela em um momento em que contar horas trabalhadas perdem em importância diante da adaptação do serviço à vida do empregado e ao seu bem-estar. Há!
Como já disse aqui, ao longo do tempo, o Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério Público do Trabalho receberam muitas denúncias relacionadas a fraudes nos sistemas de ponto utilizados por grandes empresas como magazines varejistas e redes de supermercados. Denúncias formuladas por trabalhadores e sindicatos, que revelaram fraudes, em especial com a finalidade de reduzir as horas extras. Foram encontrados programas de controle de ponto eletrônico que permitiam que o empregador, por meio de senhas, tivesse acesso posterior às marcações dos empregados e pudesse – inclusive – alterar horários de entrada e de saída, além dos intervalos para repouso e alimentação. Ou seja, depois que você bateu o cartão, alguém vai lá e diminui o seu tempo de trabalho. Uma rede de supermercados confessou a um juiz no Rio Grande do Norte que alterava “para o bem” as marcações. Faz-me-rir. Reclama-se que isso vai gerar papel. Se isso garantir que o trabalhador não seja tungado, ótimo, vale a pena.
Eu sou um escravo do meu smartphone, por isso sei muito bem os males que ele faz à minha saúde física e social da mesma forma que reconheço as coisas boas. A Folha de S. Paulo trouxe uma matéria neste domingo (“Tecnologia prolonga jornada de trabalho”) que trata exatamente como o uso desses aparelhinhos, além dos computadores portáteis, pode aumentar o tempo trabalhado – muitas vezes não remunerado. Há quem defenda isso, dizendo que a desterritorialização do local trabalho pode aumentar o bem-estar do trabalhador. O problema é que nem sempre o trabalho é um prazer e você acaba carregando um fardo para onde quer que vá, à disposição, produzindo valor que não será, necessariamente, embolsado por você. Como disse o professor Ricardo Antunes, da Unicamp, na mesma matéria: “Aumentam os adoecimentos e o estresse. A aparência da liberdade do trabalho em casa é contraditada por um trabalho que se esparrama por todas as horas do dia e da noite”.
Na entrevista que ouvi hoje, a especialista não quis se aprofundar na questão da redução da jornada de trabalho. Disse que não faz sentido, hoje, a discussão de horas, mais ou menos pela mesma crítica que fez ao ponto eletrônico. Não? Conforme a Organização Internacional do Trabalho divulgou a redução do teto da jornada para 40 horas semanais, como defendem as centrais sindicais, beneficiaria um contingente de 18,7 milhões de trabalhadores brasileiros, que teriam mais horas para ficar só com a familia, fazer um curso, ter lazer, beber cerveja na frente da TV, qualquer coisa menos pensar em trabalho. Porque pensar em trabalho, às vezes, cansa tanto quanto trabalhar.
Um dado interessante: de acordo com a OIT, a média de horas trabalhadas por semana pelos homens era de 44 horas, quase oito a mais do que a jornada das mulheres, de 36,4 horas. Mas no conjunto das mulheres brasileiras ocupadas, uma expressiva proporção de 87,8% também realizava afazeres domésticos, enquanto que entre os homens tal proporção expressivamente inferior (46,5%). A média de horas dedicadas aos afazeres domésticos foi de 18,3 pelas mulheres e de 4,3 pelos homens ocupados, ou seja, 14 horas a menos. Somando, as horas trabalhadas fora e em casa, as mulheres são mais exigidas. Afazeres domésticos, como cuidar dos filhos, muitas vezes sem a mínima ajuda do marido.
Apesar de vir da boca de uma especialista em RH, essas posições certamente encontram eco entre direções e gerências de empresas. Seria interessante que cada vez mais esses temas ganhassem o debate público e que trabalhadores e patrões pudessem expor seus pontos de vista. Melhor ainda se os candidatos nestas eleições gerais colocassem para fora o que pensam dos temas.
Mas, como já disse, nenhum postulante está sendo verdadeiramente pressionado a se posicionar a respeito de qualquer projeto concreto de interesse dos assalariados ou dos mais pobres em entrevistas, debates, artigos ou editoriais. Temas como redução da jornada de trabalho, aumento da licença maternidade, taxação de grandes fortunas, correção dos índices de produtividade da terra, defesa do Código Florestal, entre outros, são tratados como polêmica ou tabus pelas campanhas. Assim fica difícil.
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22/08/2010
sábado, 21 de agosto de 2010
O que é isso Companheira? - A transformação de Marina
Marina Silva, ex-militante do Partido dos Trabalhadores, e atual candidata a Presidência da República pelo PV, tem se mostrado ante a mídia impressa, e televisiva um tanto transformada. Suas falas, nada tem se assemelhado com a mulher de biografia indefectível e vibrante, que aprendemos a admirar. Suas inserções têm deixado a grande militância petista surpresa, ao elogiar FHC, Serra, e criticar Dilma e Lula, além dos próprios ex-companheiros do PT. O que é isso companheira?
A candidata à presidência da república pelo PV (Partido Verde), Marina Silva, senadora pelo estado do Acre, nos últimos tempos têm mostrado uma face até então desconhecida do eleitorado, demonstrando uma nítida transformação moral e ideológica. Ainda que pensemos na mesma Marina dos movimentos sociais, da luta pela terra, do ecossocialismo, ao que parece metamorfoseou naquilo que ela mesma mais contestava, em uma ecocapitalista, que fala aos empresários sobre ecologia e desenvolvimento sustentável, e se rende a lógica do sistema.
Nas últimas semanas, sujara sua bela biografia defendendo o (des)governo FHC, o mesmo que elevou os índices de desmatamento da Amazônia, do Cerrado, da Caatinga, e que fora conivente com a expansão dos latifúndios da soja, milho, e da cana-de-açúcar. Defendeu empresas que exploram os nativos da amazônia para faturarem bilhões com créditos de carbono, e os produtos decorrentes desta exploração.
Neste meio-tempo atacou Dilma, o PT, e o nosso projeto popular de governo, que a mesma ajudou a construir nestes últimos 29 anos. Se viu tomada pelo moralismo religioso, e pela lógica do senso-comum, fazendo aflorar e contagiar até mesmo Heloísa Helena (PSOL), que lhe indicou voto e apoio. Que Marina é esta?
Não é a Marina Silva, mulher de luta, que aprendeu com Chico Mendes a qual lado se aliar na luta pelos trabalhadores e dos povos da floresta, agora se renda ao ecocapitalismo da Natura, da Vale, da Votorantim, e do Protocolo de Kyoto. Onde está a Senadora a quem Lula confiou o MMA para a redução do desmatamento? Onde está está a Senadora baluarte da luta dos trabalhadores ante a selvageria das multinacionais? Onde está a senadora que aprendemos a admirar por se colocar a frente na defesa do meio ambiente?
Está no PV, o mesmo de Sarney Filho, de Gabeira, de Feldman, e Augusto Cury... uma lástima, ainda que acenda o ideal verde pelo Brasil, contagiando milhares de militantes a levantar a bandeira por um mundo melhor. Porém, não há como sustentar estás mesmas proposituras em um partido da ordem do capital, já contaminado e arraigado nas bases do empresariado e dos ideais burgueses.
A Marina trocou o PT, "locus" privilegiado da luta dos movimentos sociais, dos trabalhadores, e da juventude, pelo PV, partido da classe média-alta, do empresariado, e das velhas oligarquias. Infelizmente o movimento de base que Marina professou ao adentrar a este partido é demasiadamente impossível, não e possível mudar este PV.
A nossa ex-companheira, parece um personagem saído dos contos de Franz Kafka, tornou-se algo repugnante, e já não é capaz de compreender qual o universo que a cerca. Talvez a pergunta que perdure seja está: "O que é isso Companheira?" -, pois ninguém mais é capaz de lhe reconhecer, e espero que possas fazê-lo a tempo de salvar sua vibrante biografia.
Nas últimas semanas, sujara sua bela biografia defendendo o (des)governo FHC, o mesmo que elevou os índices de desmatamento da Amazônia, do Cerrado, da Caatinga, e que fora conivente com a expansão dos latifúndios da soja, milho, e da cana-de-açúcar. Defendeu empresas que exploram os nativos da amazônia para faturarem bilhões com créditos de carbono, e os produtos decorrentes desta exploração.
Neste meio-tempo atacou Dilma, o PT, e o nosso projeto popular de governo, que a mesma ajudou a construir nestes últimos 29 anos. Se viu tomada pelo moralismo religioso, e pela lógica do senso-comum, fazendo aflorar e contagiar até mesmo Heloísa Helena (PSOL), que lhe indicou voto e apoio. Que Marina é esta?
Não é a Marina Silva, mulher de luta, que aprendeu com Chico Mendes a qual lado se aliar na luta pelos trabalhadores e dos povos da floresta, agora se renda ao ecocapitalismo da Natura, da Vale, da Votorantim, e do Protocolo de Kyoto. Onde está a Senadora a quem Lula confiou o MMA para a redução do desmatamento? Onde está está a Senadora baluarte da luta dos trabalhadores ante a selvageria das multinacionais? Onde está a senadora que aprendemos a admirar por se colocar a frente na defesa do meio ambiente?
Está no PV, o mesmo de Sarney Filho, de Gabeira, de Feldman, e Augusto Cury... uma lástima, ainda que acenda o ideal verde pelo Brasil, contagiando milhares de militantes a levantar a bandeira por um mundo melhor. Porém, não há como sustentar estás mesmas proposituras em um partido da ordem do capital, já contaminado e arraigado nas bases do empresariado e dos ideais burgueses.
A Marina trocou o PT, "locus" privilegiado da luta dos movimentos sociais, dos trabalhadores, e da juventude, pelo PV, partido da classe média-alta, do empresariado, e das velhas oligarquias. Infelizmente o movimento de base que Marina professou ao adentrar a este partido é demasiadamente impossível, não e possível mudar este PV.
A nossa ex-companheira, parece um personagem saído dos contos de Franz Kafka, tornou-se algo repugnante, e já não é capaz de compreender qual o universo que a cerca. Talvez a pergunta que perdure seja está: "O que é isso Companheira?" -, pois ninguém mais é capaz de lhe reconhecer, e espero que possas fazê-lo a tempo de salvar sua vibrante biografia.
DATASERRA joga a toalha! Dilma abre 17 pontos sobre José Serra!
Quem diria, até o Instituto Datafolha, ligado ao jornal Folha de São Paulo, agora admite que Serra está atrás de Dilma, sendo que a exatos um mês diziam que Serra estava pelo menos um ponto percentual a frente. Como explicar este comportamento? Até institutos como o Vox Populi, e o Sensus, que geralmente publicavam dados acima dos apresentados pelo Datafolha, hoje estão revelando realidades menos positivas para Dilma, ou seja, parece que alguém tentou manipular os dados, realmente lamentável!
Apesar de você
amanhã há de ser outro dia.
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar.
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido,
Esse grito contido,
Esse samba no escuro.
amanhã há de ser outro dia.
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar.
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido,
Esse grito contido,
Esse samba no escuro.
Com este trecho começo o texto para dizer que o Instituto Datafolha, agora revela vitória de Dilma Rousseff no 1º turno, justo este instituto que apontava Serra a frente até o mês passado, e por consequência, o mesmo que afirmou de forma categórica que Dilma não passaria dos 30 %, exatamente o potencial de transferência de votos de Lula.
Assim como Chico Buarque já descrevera em sua música, Apesar de você (1977), hoje é outro dia, e o grito contido já está se revelando, pois o momento do desfecho está chegando. Dilma já abre 17 pontos percentuais sobre Serra, com 47% das intensões de voto, enquanto José Serra, está com meros 30% das intensões.
No Nordeste Dilma vence com 60%, e José Serra tem apenas 22%. um quadro demasiadamente desesperador, para a direita, que não encontra possibilidades para enfrentar o programa petista, e os anseios de Lula. Dilma cresce pois fez parte do governo Lula, como braço fundamental para realização dos programas desta excepcional administração, então José Serra fica de mãos atadas.
Serra não consegue colar sua imagem a Lula, pois é oposição, como todos bem sabem, ao projeto de Brasil potência, autônomo, e anti-imperialista. Bater nos programas de Lula, significa ter discordância de um projeto apoiado por mais de 80% dos brasileiros, então pouco resta, senão esperar o trágico, e melancólico fim.
Acompanhe a pesquisa:
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Blog do Jefferson - UOL Blog
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Brasil cria 182 mil vagas formais em julho e bate recorde no acumulado do ano
Brasil cria 182 mil vagas formais em julho e bate recorde no acumulado do ano
terça-feira, 17 de agosto de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Documentário São Paulo sob Ataque (Discovery Channel) - Você se lembra???
Naqueles anos, tão próximos, que se passaram, no período em que Alckmin governava o Estado de São Paulo, nos idos de 2006, nosso estado estava sob caos generalizado, você se lembra??? Nomes como São Markola, PCC, e expressões "tudo sob controle", "não precisamos temer", e "podemos voltar a rotina", eram veiculadas para passar a falsa impressão de paz... é, e as pesquisas falando que vamos reelegê-lo? Como diria Regina, "isso dá medo...". Veja o documentário abaixo:
PT Partido dos Trabalhadores
Ibope: Dilma dispara e amplia para 11 pontos a vantagem sobre Serra PT Partido dos Trabalhadores
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Brasil gera 1,7 milhão de empregos no ano da crise econômica mundial
Brasil gera 1,7 milhão de empregos no ano da crise econômica mundial
domingo, 15 de agosto de 2010
Paulo Viera de Souza, o “bom de bico” nega tudo
Tesoureiro do Robanel some com grana do
Serra. Dra. Cureau, vai ficar por isso mesmo ?
A revista IstoÉ desta semana publica a reportagem “Um tucano bom de bico”.
“Quem é e como agia o engenheiro Paulo Vieira de Souza, acusado por lideres do PSDB, de ter arrecadado dinheiro de empresários em nome do partido e não entregá-lo para o caixa (dois – PHA) da campanha.”
O tamanho do “sumiço”, segundo a IstoÉ, é de R$ 4 milhões.
Coisa pouca.
O engenheiro potiguar – clique aqui para ler – Paulo Vieira de Souza “… atuou como diretor de engenharia da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), estatal paulista responsável por algumas das principais obras viárias do País, entre elas o Rodoanel (também conhecido como “Robanel dos Tunganos” – PHA), empreendimento de mais de R$ 5 bilhões, e a ampliação (inútil – PHA) da marginal do Tietê, orçada em R$ 1,5 bilhão”.
O interessante é que o PSDB não vai poder reclamar a grana de volta.
As contribuições, aparentemente, segundo a Istoé, são “por fora”.
Ou seja, ilegais.
Sem contabilidade.
O chamado “Caixa Dois” de campanha” – um produto tão brasileiro quanto o guaraná da Amazônia.
Ou seja, o PSDB ia receber grana “por fora”.
Ilegal.
Como é que é ?, dra. Cureau ?
Grana para a campanha “por fora”?
A senhora não acha isso grave, dra Cureau ?
Paulo Henrique Amorim
15/08/2010
Educação e conservadorismo
O falso debate em torno de literatura erótica e livros didáticos no ensino escolar, promovidos por pseudo- jornalistas e críticos literários, escondem nuances de um conservadorismo barato e ultrapassado, retrato de uma hipocrisia farisaica e medieval, além de um viés eleitoral.
Na era da informação, de novas tecnologias e da democratização do conhecimento é um absurdo alguns setores da sociedade retrógrada, querer usar de instrumentos de pouca crítica e da lei da mordaça para manter o ensino e a pesquisa no atraso. Nas linguagens modernas e no mundo da comunicação toda a manifestação cultural deve ser aprendida, abordada, conhecida e dominada. Isso é formar o criticamente o estudante dentro de um mundo moderno e multifacetado.
Querer esconder ou manter o erotismo e a sexualidade na esfera marginal e obscurantista é uma demonstração latente de hipocrisia e falso moralismo típico da ignorância de uma classe média decadente. A linguagem popular, o erotismo e a sexualidade fazem parte de toda a manifestação social.
Em seu artigo publicado no jornal o Vale, do dia 15/08, o senhor João Júlio da Silva, que não sei se é jornalista, escritor ou professor, critica os livros e os contos eróticos distribuídos pela Secretaria Estadual de Educação. Atribuindo a eles, um julgamento nada criterioso, acadêmico ou intelectual, mas sim, destila um julgamento superficial e permeado de preconceitos e visão educacional obtusa, limitada e reducionista. Se, dependesse desse cidadão, os alunos deveriam ler e falar em latim e só aprender a moral e os bons costumes de uma sociedade fundamentalista e hipócrita. A Idade média já se foi, graças a Deus.
Como educador, acredito que nossos jovens devem conhecer e dominar todas as formas e manifestações artísticas e culturais que fazem parte de um mundo globalizado e tecnológico. As linguagens e os comportamentos modernos devem ser estudados e trabalhados amplamente dentro da sala de aula, sem o controle de um moralismo ultrapassado. O Brasil não é o Irâ.
O problema de fundo da Educação é bem mais embaixo. Falta sim, na escola pública, mais investimentos na Educação, valorização dos professores, salas com menos alunos, cursos de extensão e capacitação para professores, melhores salários e mais bibliotecas e centros de informática. Isso sim é um descaso com o Ensino.
Quanto aos livros e contos eróticos dentro da sala de aula, gostaria de lembrar que todos os escritores citados nesses livros e contos, são homens e mulheres que produziram arte em seus contextos históricos reais e não fictícios. Na universidade, aprendemos que toda manifestação e produção humana é uma manifestação cultural.
Jefferson Damasceno de Souza: professor, historiador e servidor público municipal e estadual.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Enfim, o Datafolha se curvou a realidade das ruas
Com 41%, Dilma passa Serra e fica a 3 pontos de vencer no 1º turno, diz Datafolha
ALEC DUARTE
EDITOR-ADJUNTO DE PODER
Atualizado às 21h24.
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, aparece pela primeira vez à frente de seu principal adversário na corrida eleitoral, José Serra (PSDB), segundo o Datafolha.
De acordo com o levantamento divulgado nesta sexta, a ex-ministra cresceu 5 pontos percentuais com relação à última pesquisa, realizada em julho, e agora tem 41% das intenções de voto.
Ao mesmo tempo, o tucano oscilou negativamente de 37% para 33%. Marina Silva (PV) manteve os 10% que havia registrado na sondagem anterior.
Considerados apenas os votos válidos, Dilma tem 47% e fica a três pontos de uma eventual vitória no primeiro turno.
A pesquisa, realizada de 9 a 12 de agosto com 10.856 eleitores em 382 municípios, já contempla os efeitos das entrevistas concedidas pelos presidenciáveis ao Jornal Nacional, nesta semana, além do primeiro debate entre os presidenciáveis, realizado na semana passada.
Os outros candidatos --Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), Zé Maria (PSTU), Eymael (PSDC), Rui Pimenta (PCO), Ivan Pinheiro (PCB) e Levy Fidélix (PRTB)-- não atingiram 1% na amostragem.
Brancos e nulos somam 5%, enquanto 9% dos entrevistados disseram não saber em quem vão votar.
A margem de erro é de dois pontos percentuais.
SEGUNDO TURNO
A simulação de segundo turno feita pelo Datafolha também mostra que a vantagem de Dilma sobre Serra subiu e agora é de oito pontos percentuais (49% a 41%). Há 20 dias, era de só um ponto (46% a 45%).
Na intenção de voto espontânea, Dilma aparece em ascensão: 26% dos eleitores dizem, antes de receber o cartão circular com os nomes de todos os candidatos, que votarão nela (no final de julho, essa taxa era de 21%).
Serra manteve os 16% de citações espontâneas que registrou no levantamento anterior, enquanto 43% dos entrevistados não sabem dizer, sem serem estimulados pela relação de nomes, em quem vão votar.
A rejeição dos eleitores não sofreu alterações: 28% deles não votariam em Serra (contra 26% há 20 dias). Dilma é reprovada por 20% (um ponto percentual a mais que em julho).
O levantamento está registrado no TSE sob o número 22734/2010.
Fonte: UOL
13/08/2010
O campo de Dilma e de Lula
“a história é um carro alegre, cheio de um povo contente,
que atropela indiferente todo aquele que a negue...”.
(Chico Buarque e Pablo Milanês)
Na pesquisa Vox Populi, divulgada em 25 de julho, a vantagem de Dilma sobre Serra no meio urbano é de 4 pontos percentuais (43 X 39); no rural a vantagem é de 25 pontos (55 X 30). Na pesquisa Sensus, do período 31 de julho a 2 de agosto, divulgada pela Confederação Nacional dos Transportes, a história se repete. A vantagem de Dilma no urbano é de 7,6 pontos (39,9 X 32,3) e no rural é de 24 pontos (51,2 X 27,2). Mais: nesta mesma pesquisa o Governo Lula tem 79,3% de aprovação no meio urbano e 87% no rural. O índice de desaprovação ao governo no urbano é de 15,1%, enquanto no rural é de 10%.
Ou seja, estamos muito bem no meio rural, aquele mesmo que historicamente sempre nos pareceu refratário às propostas da esquerda e que sempre foi visto, com razão, como território eleitoral dos partidos conservadores. Quem vive e trabalha no campo aprova o Governo Federal e quer continuidade. Ficou difícil continuar afirmando que não fizemos nada ou muito pouco. Aos mais céticos talvez valha a pena tentar entender porque tem tanta gente satisfeita com nossos programas. A menos que prefiram a máxima de que “o povo não sabe votar e não entende de política”.
A seguir algumas pistas para tentar compreender este povo que – aposto! – é sábio:
1) Reconhecemos a diversidade do meio rural e de caminhos para o seu desenvolvimento. Ouvimos a voz e defendemos direitos a outras populações que estavam condenadas a invisibilidade: sem terra, agricultores familiares, extrativistas, pescadores, ribeirinhos, quebradeiras de coco, varzeteiros, indígenas e quilombolas;
2) Contribuímos para democratizar o acesso a terra. Em sete anos o Governo assentou 574,6 mil famílias. Isto significa 59% do total das famílias assentadas em toda a história do país. Foram 46 milhões de hectares de terra destinados para a Reforma Agrária (53% do total de terras destinadas para a Reforma agrária em toda a história do país e uma área maior que o estado de São Paulo e Paraná). E, ainda, 74 mil famílias conseguiram acessar a terra via o crédito fundiário.
3) Garantimos o direito à terra com a regularização de 134 mil posses (Ceará, Piauí, Minas Gerais etc), dos territórios de 82 comunidades quilombolas, beneficiando 4.217 famílias com a emissão de 60 títulos numa área total de 174,4 mil hectares.
4) Fortalecemos a agricultura familiar: Mais de um milhão de famílias foram incorporadas ao sistema de crédito agrícola ( PRONAF), especialmente no norte e nordeste do país. O volume de crédito passou de minguados R$ 2,4 bilhões em 2003 para R$ 16 bilhões em 2010. Com o Seguro Agrícola de clima e de preços, que já beneficiam mais de 2,5 milhões de famílias, não há mais o risco do endividamento.
5) Garantimos mais mercado e mais renda para a agricultura familiar. O Programa Mais Alimentos permitiu a aquisição, nos últimos dois anos, de 30 mil novos tratores (de 1996 a 2006, em 10 anos somente 7,2 mil estabelecimentos tinham conseguido comprar um trator). O Programa de Aquisição de Alimentos – PAA já beneficiou 764 mil famílias, com investimentos de R$ 2,7 bilhões, adquirindo a preço justo quase 2 milhões de toneladas de alimentos. O PAA Leite organizou a cadeia produtiva do leite no nordeste, aumentado e regularizando a oferta e melhorando o preço pago aos agricultores.
6) Agora podemos ter uma alimentação escolar com produtos de qualidade da própria região. Este ano começou a vigorar a Lei da Alimentação Escolar que determina que pelo menos 30% dos recursos da alimentação escolar deverão ser gastos na compra direta de alimentos da agricultura familiar. Isto representa uma reserva de mercado de mais de R$ 1 bilhão, incentivo para o desenvolvimento local e mais saúde para as crianças.
7) O Programa Nacional de Biodiesel já incorporou na cadeia produtiva 54 mil famílias, nas regiões mais empobrecidas do país, com uma receita média em 2009 de R$ 9 mil por família. Em 2010, as compras de matéria prima da agricultura familiar chegarão a R$ 1,1 bilhão. A Petrobrás Biocombustíveis, além de ofertar assistência técnica, correção de solos e sementes, estabelece contratos de compra da produção de oleaginosas por um prazo de cinco anos a preços justos.
8) Apostamos na autonomia econômica para garantir a igualdade das mulheres rurais. Mais de 550 mil mulheres foram beneficiadas com a emissão de documentos - CPF, RG, Carteira de Trabalho, Registro de Nascimento; com a titulação conjunta obrigatória da terra na reforma agrária as mulheres titulares de lote já são 56%. O Pronaf Mulher já beneficiou 37 mil projetos exclusivos e de 2003 a 2008 foram 1,9 milhões de operações de crédito tendo as mulheres como titulares.
9) Apostamos no desenvolvimento das regiões. De forma inédita as políticas agrícolas, de educação, saúde, cultura e seguridade social começam a chegar ao mesmo tempo. O Programa Territórios da Cidadania coordena e integra políticas públicas de 22 ministérios e estados em 120 territórios (1.852 municípios) com a alocação de mais de R$ 27 bilhões em 2010.
Os resultados estão aí. De 2003 a 2008 a renda da Agricultura Familiar cresceu 30% acima da inflação, enquanto a média do país foi de 11%. Neste mesmo período, 4,8 milhões de pessoas saíram das condições de pobreza no meio rural. Nos últimos anos surgiram novas 412 mil propriedades da agricultura familiar no país. Ou seja, estamos invertendo a tendência de êxodo rural. Com crédito, assistência técnica, seguro e política de preços, a agricultura familiar e os assentados da reforma agrária passaram a produzir 70% de tudo aquilo que os brasileiros consomem no dia-a-dia.
Na contramão desta transformação democrática, o candidato José Serra recentemente defendeu o fim do Ministério do Desenvolvimento Agrário e a unificação da Política Rural em único órgão. Vale dizer, o fim de políticas próprias e distintas para a agricultura familiar e para a reforma agrária, motor destas mudanças.
O que fica claro é que estas eleições apresentam opções muito diferentes e com enormes conseqüências para o meio rural. O aprofundamento do caminho atual com Dilma ou um radical retrocesso com Serra.
A julgar pelas pesquisas o meio rural brasileiro já percebeu isto e já fez sua opção. Como sempre acontece, é o povo que escreve o melhor da história. E mais uma vez o nosso povo – mulheres e homens camponeses, agricultores familiares, assentados, populações tradicionais, trabalhadores rurais – mostra-nos que sabe comemorar conquistas e continuar lutando.
Uma lição de lucidez e persistência.
Guilherme Cassel, PT (RS), é ministro do Desenvolvimento Agrário.
sábado, 7 de agosto de 2010
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Dilma conquista eleitores mais jovens e vence em quase todos os estratos do eleitorado
A pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta quinta-feira (5) mostra que a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, vence José Serra em todas as faixas etárias, mas é entre os eleitores mais jovens (16-17 anos) que ela abre a maior vantagem sobre o tucano: 50,5% a 18,2%.
Na estratificação por regiões, a petista dispara no Nordeste (58,4% a 33,5%), vence no Norte/Centro-Oeste, empata no Sudeste e perde apenas no Sul.
Dilma também vai bem nas intenções de voto por escolaridade e renda, perdendo só nos universos de nível superior e entre os mais ricos. Na divisão por gênero, ela abre 15 pontos entre os homens e seis entre as mulheres.
Confira os números:
Por regiões
Norte/Centro Oeste – Dilma 38,4%; Serra 34,1%
Nordeste: Dilma 58,4%; Serra 21,4%
Sudeste: Dilma 33,2%; Serra 33,5%
Sul: Dilma 37,1%; Serra 42,6%
Por gênero
Homens - Dilma 45,5%; Serra 30,9%
Mulheres - Dilma 38,1%; Serra 32,1%
Por faixa etária
16-17 anos - Dilma 50,5%; Serra 18,2%
18-24 anos - Dilma 39,8%; Serra 36,2%
25-29 anos - Dilma 44,0%; Serra 33,2%
30-39 anos - Dilma 42,9%; Serra 30,8%
40-49 anos - Dilma 40,5%; Serra 30,0%
50 ou mais - Dilma 39,9%; Serra 32,0%
Por escolaridade
Primário - Dilma 45,0%; Serra 29,9%
Ginasial - Dilma 43,9%; Serra 30,0%
Colegial - Dilma 40,0%; Serra 30,9%
Superior - Dilma 33,9%; Serra 39,5%
Por renda familiar
Até 1 salário mínimo - Dilma 48,6%; Serra 27,1%
De 1 a 5 salários mínimos - Dilma 41,8%; Serra 29,8%
De 5 a 10 salários mínimos - Dilma 37,1%; Serra 37,4%
De 10 a 20 salários mínimos - Dilma 33,3%; Serra 42,9%
Acima de 20 salários mínimos - Dilma 25,0%; Serra 58,3%
PT
5/8/2010
A pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta quinta-feira (5) mostra que a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, vence José Serra em todas as faixas etárias, mas é entre os eleitores mais jovens (16-17 anos) que ela abre a maior vantagem sobre o tucano: 50,5% a 18,2%.
Na estratificação por regiões, a petista dispara no Nordeste (58,4% a 33,5%), vence no Norte/Centro-Oeste, empata no Sudeste e perde apenas no Sul.
Dilma também vai bem nas intenções de voto por escolaridade e renda, perdendo só nos universos de nível superior e entre os mais ricos. Na divisão por gênero, ela abre 15 pontos entre os homens e seis entre as mulheres.
Confira os números:
Por regiões
Norte/Centro Oeste – Dilma 38,4%; Serra 34,1%
Nordeste: Dilma 58,4%; Serra 21,4%
Sudeste: Dilma 33,2%; Serra 33,5%
Sul: Dilma 37,1%; Serra 42,6%
Por gênero
Homens - Dilma 45,5%; Serra 30,9%
Mulheres - Dilma 38,1%; Serra 32,1%
Por faixa etária
16-17 anos - Dilma 50,5%; Serra 18,2%
18-24 anos - Dilma 39,8%; Serra 36,2%
25-29 anos - Dilma 44,0%; Serra 33,2%
30-39 anos - Dilma 42,9%; Serra 30,8%
40-49 anos - Dilma 40,5%; Serra 30,0%
50 ou mais - Dilma 39,9%; Serra 32,0%
Por escolaridade
Primário - Dilma 45,0%; Serra 29,9%
Ginasial - Dilma 43,9%; Serra 30,0%
Colegial - Dilma 40,0%; Serra 30,9%
Superior - Dilma 33,9%; Serra 39,5%
Por renda familiar
Até 1 salário mínimo - Dilma 48,6%; Serra 27,1%
De 1 a 5 salários mínimos - Dilma 41,8%; Serra 29,8%
De 5 a 10 salários mínimos - Dilma 37,1%; Serra 37,4%
De 10 a 20 salários mínimos - Dilma 33,3%; Serra 42,9%
Acima de 20 salários mínimos - Dilma 25,0%; Serra 58,3%
PT
5/8/2010
Pesquisa CNT/Sensus: Dilma tem 41,6% das intenções de voto; Serra, 31,6%
Camila Campanerut
Do UOL Eleições
Em Brasília
Pesquisa CNT/Sensus divulgada na manhã desta quinta-feira (5) indica que a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, atingiu 41,6% das intenções de voto, contra 31,6% de José Serra (PSDB). Em terceiro lugar, aparece a senadora Marina Silva (PV) com 8,5%. Votos em branco, nulo e indecisos totalizam 14,3%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
Análise
Na simulação de segundo turno, a candidata petista apresenta 48,3%, contra 36,6% do ex-governador de São Paulo. Nesse cenário, brancos, nulos e indecisos somam 15,3%. Num eventual segundo turno entre Dilma e Marina, a petista teria 55,7%, ante 23,3% da candidata verde - brancos, nulos e indecisos chegam a 21,1%.
Caso a disputa na última rodada fosse entre Serra e Marina, o tucano teria 50% das intenções de voto, contra 27,8 da ex-ministra do Meio Ambiente. Brancos, nulos e indecisos obtém 22,3%.
Na pesquisa espontânea, quando não são indicados nomes de candidatos aos entrevistados, Dilma aparece com 30,4% das intenções de votos, contra 20,2% de Serra e 5,5% de Marina Silva. Brancos, nulos e indecisos representam 31,7%.
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Com relação à rejeição aos presidenciáveis, 25,3% dos entrevistados responderam que nunca votariam em Dilma Rousseff. Já 30,8% dos eleitores disseram que não votariam em Serra, enquanto 29,7% declararam que nunca dariam seu voto a Marina Silva.
"[O bom desempenho de Dilma] Se deve ao nível de conhecimento da candidata. Ela passou a ter identidade própria e musculatura política. Ela está colhendo os frutos do governo do presidente Lula", disse Clésio Andrade, presidente da CNT (Confederação Nacional dos Transportes).
Foram entrevistadas 2 mil pessoas, em 136 municípios de 24 estados, entre os dias 31 de julho e 2 agosto de 2010. A pesquisa foi registrada no TSE em 29 de julho sob o número 21.411/2010.
05/08/2010 - 11h06
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Os erros da direita brasileira
Postado no Blog do Emir em 01/08/2010
Com sua imensa auto confiança, Lula chegou a dizer que esta seria a campanha mais fácil para o PT. Comparado com as anteriores, o PT dispõe da vantagem de poder apresentar os resultados do seu governo e não ter que estar confinado ao marco das críticas aos governos dos outros. Este fator já contou fortemente para decidir favoravelmente a eleição de 2006, mas agora, com os dois mandatos, parece contar de maneira ainda mais decisiva.
Mas para ganhar o favoritismo na campanha atual, contou-se também com os erros da direita, de que esta campanha é uma demonstração cabal. Antes de tudo a direita – que conta, sobretudo com o monopólio dos meios de comunicação como sua maior força – seguiu acreditando em um poder que se revela cada vez mais declinante.
A campanha contra o governo em 2005 e a utilização pesada desse monopólio no primeiro turno das eleições de 2006 – em que tiveram peso determinante, com suas manipulações, para a passagem ao segundo turno – lhes deram uma sensação de onipotência, de falar em nome do país da opinião pública. Ficaram com a impressão de um poder que já era declinante e que perdeu aceleradamente força conforme o apoio ao governo se consolidou.
Mas os maiores equívocos vieram da assunção dos valores neoliberais a fundo, acreditando que a população seria solidária com essas posições, confundindo seus interesses com os do país – como é típico da mídia conservadora. Passaram a acreditar que a população brasileira não gosta do Estado, que tudo o que vem do Estado lhe aparece como negativo e que, por conseqüência, o que vem do mercado aparece como positivo à população.
Criticam qualquer gasto governamental, sem nunca discriminar sua destinação, como se à população qualquer ação estatal aparecesse como negativa. Não discriminam se se trata de contratar burocratas ineficientes – o clichê que tem do funcionário público – e não professores, enfermeiras, médicos, para atender a massa da população.
As críticas de FHC e do Serra sobre o “corporativismo” (?) do governo Lula não fazem nenhum sentido para a população, que nem entende o que significa, nem considera que seja um dos problemas essenciais do Brasil. A própria revista conservadora britânica The Economist considera que o povo brasileiro gosta do Estado, que lhe garante direitos. Como esta problemática não está incluída na ótica neoliberal – a dos direitos -, a direita brasileira é vitima dos seus próprios preconceitos e fica na contramão da opinião dos brasileiros.
Da mesma forma, consideram que a participação do movimento sindical e dos partidos seja considerada negativamente pelo povo, assim como julgam que qualquer critério ideológico seja desvirtuador dos objetivos do Estado. O povo prefere um governo que tenha afinidades com os sindicatos – que personificam reivindicações para grandes contingentes da população a um governo, como o de FHC, que criminaliza os sindicatos e nega suas reivindicações.
No plano internacional, a direita carrega a concepção tradicional de relações privilegiadas (de subordinação) com os EUA e com a Europa. Acreditava que o dinamismo econômico externo continuasse a vir desses eixos e propugna o privilegio de relações com eles. A crise atual demonstrou exatamente o contrário. Os países do centro do capitalismo não saem da crise, enquanto que os que optamos pela integração regional, saímos, ao lado do conjunto dos países do sul do mundo.
A direita acredita nas mentiras que propaga. Por exemplo, a de que há um empate técnico, de que os candidatos começam o horário eleitoral numa situação de equilíbrio. É vitima do seu próprio veneno.
O erro mais importante, no entanto, do qual paga um preço caro, é o governo FHC, que acreditou que com a simples estabilidade monetária poderia conquistar apoio popular para perpetuar o projeto do bloco tucano-demista no poder. Sacrificou as políticas sociais, o desenvolvimento econômico, a soberania nacional, o papel ativo do Estado, a regulação econômica, os direitos da massa da população – em função do ajuste fiscal e da hegemonia do capital financeiro.
FHC escolheu como tema central para atacar, a estabilidade monetária, os dados inflacionários aos salários, o ajuste fiscal como remédio para todos os males. Lula escolheu a injustiça social, com o crescimento e a distribuição de renda como antídotos. Fica claro que tem razão e quem triunfou. Com os méritos da esquerda e os erros da direita.
Emir Sader
domingo, 1 de agosto de 2010
José Serra e o Uribismo: Dominação e Difamação
Hoje as forças oligarcas e conservadoras latino americanas estão agonizando frente ao crescimento consistente do campo de esquerda popular. Agora o discurso malfadado de que "os planos populares, de esquerda, e socialista falhariam", tornou-se balela, revelando outras faces já conhecidas, porém se tornou mais visível hoje, são elas o conservadorismo e o reacionismo. Difamam, por meio de seus veículos de mídia, em busca do poder perdido em outrora.
O que Uribe e Serra têm em comum? Muita coisa, ainda que aparentemente os dois estejam distantes geograficamente, e que Serra tenha um poderoso handicap, enquanto Uribe nada encontra pela frente como obstáculo, a não ser as FARC propriamente. Porém os dois congregam as últimas forças insurgentes do conservadorismo latino-americano.
Ainda que no Chile e México existam governos eleitos oriundos desta mesma corrente política, não têm sustentação ideológica para implementar regressos, ou patrocinar ações deliberadamente reacionárias. Em Honduras, o governo de Porfírio Lobo também sofre do mesmo mal, não têm sustentação, e conta somente com o apoio dos Estados Unidos.
José Serra, é a garantia de que os interesses das oligarquias prevaleçam no Brasil e na América Latina, pois o presidente Uribe deixará o poder na Colômbia e necessitará que alguém venha capitanear as forças conservadoras no continente. Têm a mesma capacidade de difamar os vizinhos, em busca de bodes expiatórios para as suas políticas incompetentes, e de se submeter ao poder imperialista do "Tio Sam".
Uribe deixou o imperialismo estadunidense vasculhar seu território e ameaçar as potências ascendetes da América Latina (Brasil, Venezuela, Nicarágua, e Argentina), com as bases na floresta amazônica, segundo eles para combater a guerrilha das FARC. Serra em 2002, em conjunto com FHC planejou o mesmo, quando iria entregar a base de Alcântara no Maranhão, e os planos de internacionalização da amazônia.
Os dois também sofrem da "síndrome dos dossiês", onde os mesmo inventam sobre seus adversários políticos do continente. Nesta balada Uribe já tentou incriminar por diversas vezes Chávez, Evo, e até Lula, para prevalecer os interesses imperialistas. José Serra também faz o mesmo, faz dossiês para intimidar colegas do próprio partido (vide Aécio Neves), e fabrica dossiês para colocar na cola do PT, pois não tem um programa político que convença a população brasileira a optar pelo rompimento com Lula e o PT.
Os dois têm avidez por enfrentar Chávez e a organização da V Internacional Socialista, e do Foro de São Paulo. Sabem que o programa político da esquerda é de fato repaldado pelos latino-americanos, e que sua força só vem se expandindo, começou na Venezuela e no Brasil, e expandiu para o Equador, Bolívia, Paraguai, e Nicarágua. Serra é o que resta para esta direita sem quartel, que vê no nosferatu brasileiro a possibilidade única de sobreviver a chegada da esquerda na América Latina, e de manter o atual sistema político eleitoral que os favorece.
Difamar e promover a submissão ao novo imperialismo Ianque comandado por Barack Obama, é o que resta para os direitistas. Eleger Serra, é a última possibilidade de manter as bases de dominação da América Latina, e fazer sucumbir as pretensões de um Brasil Potência, e de uma Vezenuela livre, socialista e influente.
Em seus discursos fica latente as pretensões imperialistas e dissuasivas da identidade latina, renegando o passado, e o futuro em comum que estes povos traçaram e que ainda planejam, os dois querem destruir o MERCOSUL, a UNASUL, e construir a ALCA como o Consenso de Washington designou. As mídias dão a eles o espaço e apoio, enquanto a esquerda fazem questão de combater e tentar colocar o povo contra as lideranças socialistas e de esquerda.
Nestas eleições repelir o programa uribista de Serra deve ser denunciado, pois foi o mesmo que na Colômbia causou tantos estragos sociais, e econômicos. Indo um pouco mais além o programa uribista, é da mesma linha daqueles que criaram as FARC, ou seja, dos oligarcas de oprimiram o povo e fizeram com que parte dele criassem as FARC como forma de defesa ao período de La Violencia. Hoje ainda os direitistas assassinam muitos líderes sindicais, fazendo com que as FARC ainda tenham respaldo popular em muitas localidades para continuar com a luta armada.
É necessário mantermos as conquistas de Lula no Brasil, ou então iniciaremos uma fase obscura para todo nosso povo e a América Latina. Invasões, entregas de patrimônio, recessão econômica, e falta de liberdades, serão sintomas deste país e de nosso continente. Eleger Dilma é a garantia de avanços.
Ainda que no Chile e México existam governos eleitos oriundos desta mesma corrente política, não têm sustentação ideológica para implementar regressos, ou patrocinar ações deliberadamente reacionárias. Em Honduras, o governo de Porfírio Lobo também sofre do mesmo mal, não têm sustentação, e conta somente com o apoio dos Estados Unidos.
José Serra, é a garantia de que os interesses das oligarquias prevaleçam no Brasil e na América Latina, pois o presidente Uribe deixará o poder na Colômbia e necessitará que alguém venha capitanear as forças conservadoras no continente. Têm a mesma capacidade de difamar os vizinhos, em busca de bodes expiatórios para as suas políticas incompetentes, e de se submeter ao poder imperialista do "Tio Sam".
Uribe deixou o imperialismo estadunidense vasculhar seu território e ameaçar as potências ascendetes da América Latina (Brasil, Venezuela, Nicarágua, e Argentina), com as bases na floresta amazônica, segundo eles para combater a guerrilha das FARC. Serra em 2002, em conjunto com FHC planejou o mesmo, quando iria entregar a base de Alcântara no Maranhão, e os planos de internacionalização da amazônia.
Os dois também sofrem da "síndrome dos dossiês", onde os mesmo inventam sobre seus adversários políticos do continente. Nesta balada Uribe já tentou incriminar por diversas vezes Chávez, Evo, e até Lula, para prevalecer os interesses imperialistas. José Serra também faz o mesmo, faz dossiês para intimidar colegas do próprio partido (vide Aécio Neves), e fabrica dossiês para colocar na cola do PT, pois não tem um programa político que convença a população brasileira a optar pelo rompimento com Lula e o PT.
Os dois têm avidez por enfrentar Chávez e a organização da V Internacional Socialista, e do Foro de São Paulo. Sabem que o programa político da esquerda é de fato repaldado pelos latino-americanos, e que sua força só vem se expandindo, começou na Venezuela e no Brasil, e expandiu para o Equador, Bolívia, Paraguai, e Nicarágua. Serra é o que resta para esta direita sem quartel, que vê no nosferatu brasileiro a possibilidade única de sobreviver a chegada da esquerda na América Latina, e de manter o atual sistema político eleitoral que os favorece.
Difamar e promover a submissão ao novo imperialismo Ianque comandado por Barack Obama, é o que resta para os direitistas. Eleger Serra, é a última possibilidade de manter as bases de dominação da América Latina, e fazer sucumbir as pretensões de um Brasil Potência, e de uma Vezenuela livre, socialista e influente.
Em seus discursos fica latente as pretensões imperialistas e dissuasivas da identidade latina, renegando o passado, e o futuro em comum que estes povos traçaram e que ainda planejam, os dois querem destruir o MERCOSUL, a UNASUL, e construir a ALCA como o Consenso de Washington designou. As mídias dão a eles o espaço e apoio, enquanto a esquerda fazem questão de combater e tentar colocar o povo contra as lideranças socialistas e de esquerda.
Nestas eleições repelir o programa uribista de Serra deve ser denunciado, pois foi o mesmo que na Colômbia causou tantos estragos sociais, e econômicos. Indo um pouco mais além o programa uribista, é da mesma linha daqueles que criaram as FARC, ou seja, dos oligarcas de oprimiram o povo e fizeram com que parte dele criassem as FARC como forma de defesa ao período de La Violencia. Hoje ainda os direitistas assassinam muitos líderes sindicais, fazendo com que as FARC ainda tenham respaldo popular em muitas localidades para continuar com a luta armada.
É necessário mantermos as conquistas de Lula no Brasil, ou então iniciaremos uma fase obscura para todo nosso povo e a América Latina. Invasões, entregas de patrimônio, recessão econômica, e falta de liberdades, serão sintomas deste país e de nosso continente. Eleger Dilma é a garantia de avanços.
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