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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Fanatismo religioso e democracia

A legalização do casamento entre homossexuais bem como a descriminalização do aborto e do uso da maconha é uma questão de saúde pública e de direitos civis, não uma questão moral ou de religiosidade. O Estado Brasileiro é laico e é regido por uma Constituição democrática.

Respeitar os direitos civis, das minorias e da vontade popular é um dos pilares de uma sociedade democrática antenada com as demandas e a realidade modernas. Não se pode admitir que nossa Constituição e nosso país sejam transformados num daqueles Estados fundamentalistas religiosos, sejam eles islâmicos, judeus ou cristãos.

Durante a Idade Média, muitas mulheres, gays, negros e outros povos foram assassinados, torturados e exilados só porque não aceitavam ou compartilhavam dos dogmas, doutrinas e da moral da Igreja Católica. Em nome da cristianização do mundo e de projetos inconfessáveis, destruíram-se culturas, outras religiões e matou-se em nome de Jesus.

Hoje, muitas igrejas e seitas religiosas, aproveitando-se do momento eleitoral brasileiro, querem repetir a barbárie medieval e instaurar um verdadeiro Tribunal da Inquisição confundindo o papel do Estado com seus mesquinhos, obtusos e desprezíveis interesses.

Incapazes de entender e aceitar o direito a diferença, a liberdade de acreditar ou não em qualquer religião, esses agentes da ditadura não aceitam a diferença. Querem perseguir e condenar ao inferno: gays, dependentes químicos, mulheres que praticam o aborto e quem os defendem e os representam. Tudo isso, em pleno século 21. Crucificam os mulçumanos fundamentalistas, más fazem a mesma coisa.

Como petista, acredito que essas igrejas e seitas religiosas deveriam é cuidar de sua própria casa e deixar para o Estado, assuntos relativos ao Estado. Estado é Estado e religião é religião. Alias, depois de tantas denúncias e investigações sobre pederastia, enriquecimento ilegal, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro dentro de diversas igrejas católicas e evangélicas, fica difícil essas instituições falarem em moral e bons costumes. Hipocrisia, ditadura e ignorância têm limites.

Jefferson Damasceno de Souza: professor, historiador e servidor público municipal de São José dos Campos.

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