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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Por qual motivo ainda há especulação imobiliária em São José dos Campos?

Após dois anos da eleição de Carlinhos de Almeida, a política de especulação imobiliária não cessou em São José dos Campos, pior foi aprofundada com o atendimento às exigências das empreiteiras, que reivindicam entre outras questões o aumento no número de torres, o aumento do número de andares, bem como o desenvolvimento de novos empreendimentos em áreas com forte adensamento urbano. Carlinhos não tem enfrentado o problema da especulação imobiliária devidamente, apesar da doação de terrenos para empreendimentos populares, como para os ex-moradores do Pinheirinho.

 

A cidade de São José dos Campos a mais de uma década tem sofrido com a especulação imobiliária, antes fruto da concentração de empregos com alto grau de remuneração, atualmente parte da alta concentração de serviços disponíveis. A alguns anos, nossa cidade vive a supervalorização dos espaços urbanos, que aos poucos expulsa o trabalhador das áreas mais valorizadas, e os encaminha cada vez mais para os bairros periféricos, ou os expulsa da cidade por não conseguir mais sustentar os altos custos de se viver em uma cidade de altos valores e sem trabalho digno.

Agravando ainda mais o quadro, a nossa cidade a pouco tempo tornou-se o centro econômico da mais nova região metropolitana do país, que elevou consideravelmente os custos, bem como aumentou a especulação sobre o espaço urbano, mesmo carente de estruturas de uma metrópole da dimensão do Vale do Paraíba.

São José dos Campos também virou palco dos interesses das grandes empreiteiras e imobiliárias que lucram com espaços cada vez mais caros, exíguos e insalubres. O trabalhador, quando muito pode se esforçar para comprar sua casa

Nossos vereadores (inclusive alguns do PT) tem recebidos vultuosos recursos econômicos nesta eleições para defender os interesses das grandes construtoras, contra a necessidade dos grandes trabalhadores. Amélia Naomi recebeu somente nesta eleição mais de 134 mil reais em recursos e pelo menos 79 mil reais são oriundos diretamente de empresas das áreas de engenharia, construtoras e incorporadoras, como então se esperar lutar contra estes interesses.

Suas verbas superam inclusive candidatos como Eduardo Cury (PSDB), que sempre teve apoio notório de empresas do ramo de engenharia e construção. Portanto, é notório que o governo de Carlinhos Almeida tem vacilado na defesa de uma cidade mais justa e igualitária, pois constroem um cenário oportuno para a especulação imobiliária, mas que não tem empregos mais qualificados e com maior remuneração à classe trabalhadora.

Carlinhos e Amélia tinham oportunidade histórica de rever o Plano Diretor do município, revendo a organização dos espaços residenciais, industriais, e comerciais, bem como as formas de edificação, mitigando a política de parcelamento solo, especialmente nas Zonas Sul, Norte e Oeste, que não tem condições hídricas e estruturais que abarquem o aumento da densidade demográfica.

Antes que estoure uma "Bolha Imobiliária" é preciso ter coragem de enfrentar o problema da especulação imobiliária, contudo, com os atuais passos tomados por estes, aliados à frente de vereadores burgueses, secretários aliados ainda dos antigos tucanos, parece quase utópico um cenário de contraposição à especulação imobiliária.

Bruno L. Emídio - Secretário Municipal da Juventude do PT de São José dos Campos.

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