O orçamento destinado para construção de salas de reforço intensivo em treze escolas municipais, em dimensões modestas, é gigantesco e com fortes indícios de superfaturamento e corrupção ativa, onde as necessidades e dilemas da escola pública joseense são esquecidas, afetando a cada dia um setor que sofre com a falta de estrutura, com a baixa qualidade de vida dos funcionários, e demais encarregados pela formação ética e moral de nossa juventude, levando ao descaso com o serviço público e com o atendimento transparente e de qualidade a população de nossa cidade.
Eduardo Cury, prefeito e déspota empoleirado no alto do Paço Municipal da cidade de São José dos Campos, como um tucano que observa a todos de cima de forma imprecisa e defeca sobre os cidadãos seus planos indigestos da agenda neoliberal e que já foi superada a nível nacional, sobre os cidadãos que de forma atarantada não conseguem reagir em meio à inércia de uma classe de vereadores situacionistas da base de apoio do PSDB na cidade, que aderiram aos macabros planos de deterioração do serviço público municipal.
Os vereadores da base de oposição, em especial o companheiro Wagner Balieiro (PT), que informou o gasto publicado no Boletim do Município, na ordem de R$ 94.000,00 (noventa e quatro mil reais) com a construção de cada uma das salas de reforço intensivo, por processo de licitação. Um capital investido que extrapola os limites de um gasto eficiente, como os tucanos do Paço Municipal reivindicam em seus discursos combalidos. Uma obra que por mais onerosa custaria o equivalente a R$ 15.000,00 (quinze mil reais), custa em média seis vezes mais.
Eduardo Cury tem golpeado o setor da educação em São José dos Campos, quase que diariamente com as ameaças de terceirização da Administração de Escolas, Serviços Gerais, Segurança das Unidades Escolares e de cargos subalternos da Secretaria Municipal de Educação, além de prorrogar indevidamente a situação de professores contratados, ao invés da efetivação plena há função, não reajuste de salários de professores, estagiários e demais funcionários.
É sabida a necessidade da edificação destas salas, porém a economia que poderia ser feita na construção destas salas de reforço intensivo, com um planejamento e execução transparentes poderiam ser ressarcidos cerca de 1,025 milhão de reais e reajustar salários de professores de cerca de 500 professores por um ano em cerca de 12%, ou ainda, reequipar salas de informática com 256 computadores novos no valor de R$4.000,00 (quatro mil reais), ou construir uma unidade escolar próxima a excelência dos Centros Educacionais Unificados (CEU), que Marta Suplicy implementou em São Paulo até 2004.
A falta de transparência dos gastos da Prefeitura, sob as gestões tucanas de Eduardo Cury e Emanuel Fernandes, levaram a desfalques imensos em projetos que muitas vezes são de essencial implementação, porém com orçamentos exorbitantes. Deveria haver como na gestão petista de Ângela Guadagnin (1993-1996), a implementação do Orçamento Participativo, onde as populações das comunidades definem a forma de como gastar os recursos em seus bairros e com fiscalização da própria população, com uma maior transparência e responsabilidade.
Na educação joseense, Cury deliberadamente aciona o plano neoliberal na educação, que põem em risco a qualidade de vida de funcionários, que são levados à exaustão para economia de gastos “a qualquer preço”. Um funcionário que tem suas condições de saúde abaladas, não produz com eficiência, e no setor educacional esta situação é refletida com a falta de idéias, técnicas e tempo para planejamento de aulas e materiais de conteúdo interdisciplinar, é refletida na falta de entusiasmo de enfrentar o ambiente escolar e mesmo na falta de apego da classe estudantil com a sua escola e os funcionários que participam direta e indiretamente no processo de construção do caráter moral e ético de nossa juventude, que mais tarde poderá ser decisiva na definição dos rumos de nossa sociedade.
São José dos Campos está entregue uma corja de tucanos que brincam com a vida dos cidadãos irresponsavelmente, e cabe a nós rechaçar a ofensiva da pauta neoliberal de Cury, que pretende tornar a todos nós em seres débeis e condescendentes com sua inépcia na administração municipal. O Tucanato é um perigo iminente a nossa liberdade de consciência e a uma cidade de espaços urbanos democratizados e populares.
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