Sindicato dos Servidores Municipais - Mais uma vitória dos companheiros da CUT.

Mesmo apoiando os companheiros da Chapa 1, apoiada pela CUT, os companheiros do PT de São José dos Campos devem vibrar com a vitória ainda que apertada da Chapa 3, sobre a Chapa 1, porém fazer uma séria reflexão pois o PSTU, ainda que minoria, e com companheiros do PT e do PSOL fazendo um verdadeiro "enxerto" nesta chapa, ameaçaram a continuidade da direção CUTista. É necessário agradecer a companheira Betinha, que dirigiu com excelência o Sindicato dos Servidores Municipais, e levar a diante um plano de estruturação sindical após o baque da reeleição de Cury, que ameaça os setores de Educação, Saúde, e da Guarda Municipal, com a reforma estatutária.

A eleição do Sindicato dos Servidores Municipais mostrou duas realidades diversas, a primeira um racha na ala sindical do PT que teve como consequência a formação de duas chapas de direção de companheiros petistas, e um outra com companheiros do PT fazendo enxerto com pelêgos do PSOL e do PSTU. A segunda é que nossa supremacia ainda que provada com a melhor colocação de nossas chapas, ficou pouco a frente da Chapa 2, liderada pelo PSTU, ou seja, um grave erro estratégico, que por muito pouco não levou a uma derrota em proporções monumentais.

A Chapa 1, teve seus méritos a frente do Sindicato dos Servidores Municipais, nestes últimos anos, onde a companheira, Betinha promoveu importantes campanhas salariais, e teve êxito contra a máquina da prefeitura municipal do PSDB de Cury, que a todo custo tentou usurpar direitos dos servidores municipais como o gatilho, o recebimento dos HTC's, a mantedoria de postos de trabalhos, e etc. A política de desestruturação do serviço público municipal foi a bandeira de Cury, que levou às últimas consequências, inclusive com assédio moral e coação das chefias do funcionalismo público.

A Chapa 2, neste caso, representaria um grave retrocesso, com uma política míope e imediatista, não reverteria este grave processo, e pior tensionaria ao máximo com a Prefeitura esta situação, levando a uma política de forte embate da classe trabalhadora com o poder público, levando fragilização maior da classe trabalhadora, assim como já fazem no Sindicato dos Metalúrgicos de São José. Por vezes, tensionam tanto que a classe trabalhadora é obrigada a aceitar sem pestanejar o que o patronato da GM pede, e suas lideranças se vangloriam em meio às vitórias de "Pirro".

A Chapa 4, que a prefeitura organizou, com lideranças do patronato, de partidos como o PPS e o PV que nada tinha a oferecer a classe trabalhadora, senão o mesmo peleguismo da Chapa 2, e a subserviência ao prefeito.

A Chapa 3, ainda que CUTista, utilizou-se uma estratégia extremamente arriscada, e provocou uma situação perigosa para sustentar no DM do PT de São José dos Campos. Sabemos que por trás havia o apoio de vereadores petistas, porém surtiu o efeito que haviam declarado. Mas levou a um clima de acirramento na base petista, que mereceria um melhor debate para conciliação da base, e para solucionar o impasse criado com esta eleição.

Esta vitória assinalou dois importantes cenários, o primeiro é que a base cutista ainda é bastante forte, para emplacar duas chapas, com representações do PT na liderança, e o segundo é que a CONLUTAS e sua chapa, ainda que com representantes do PT, perdeu sua força. porém ameaçou seriamente a vitória cutista, graças ao racha da base. Estas situações portanto merecem importantes debates no DM do PT de São José dos Campos, pois mais um erro destes poderá levar a uma derrota de caráter irreversível.