BLOGGER DA MILITÂNCIA PETISTA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Será medo? PT contra Shakespeare Carvalho.

A boca de sapo tarda, mas não falha! A quatro anos a discussão às vésperas da eleição, quando eu e mais alguns militantes da Articulação de Esquerda e das alas históricas do PT haviam denunciado, a direção municipal tratou Shakespeare Carvalho como "aliado", mas agora o tratam como adversário. Por qual motivo? Talvez medo. Este senhor, hoje vereador, se interpõem como o principal adversário a hegemonia PSDB-Carlinhos.

O PT de São José dos Campos recentemente publicou em sua página "São José Melhor" uma critica muito velada, ao presidente da Câmara, sobre a omissão de bens a Justiça Eleitoral em meio a campanha de 2012. Uma situação extremamente estranha, pois nesta campanha estava conosco, sendo tratado como aliado de primeira linha, com todo apoio de Carlinhos e do próprio partido.

No ano anterior a eleição, num final de ano em que definiríamos as candidaturas, estratégias, surgiu o nome de Shakespeare, que mais tarde seria consolidado. Muitos militantes que faziam parte do DM, inclusive eu, que pertenciam as alas ditas "mais à esquerda", "radicais", foram menosprezados nesta reunião, causando um importante racha, que foi superado pela direção municipal.

Durante as eleições, somente ele pelo PRB saiu para candidatura a vereador, e nem preciso falar sobre as tramoias deste senhor durante o período eleitoral, basta ligarem os pontos, pois como em Jacareí e Caçapava encontramos tantas placas de apoio e material de campanha a este senhor em época de eleição?
Como encontramos tanto apoio nos bastiões evangélicos? Para bom entendedor, meio parágrafo basta!

Isto tudo somente tem uma explicação óbvia. Medo! Sentimento alimentado pelo fim do primeiro e último mandato de Carlinhos nesta cidade, que apesar de ter elegido um governo nas esteira dos bons rumos econômicos do PT, não teve raízes e bandeiras petistas construídas nestes quase três anos de governo. Carlinhos traiu os trabalhadores da GM, dos Servidores Municipais, dos setores superexplorados pela terceirização maciça (principalmente da área de telemarketing), e afagou as empreiteiras, o mercado imobiliário, e mais intensamente agora o financeiro, acenando para o projeto do WTC (World Trade Center) que crescerá sobre a última mancha de cerrado preservada da zona Centro-Oeste de nossa cidade, próxima ao Aquarius. Tudo isto pesa, pois se elegeu sobre estas bases, dos trabalhadores, dos mais carentes e daqueles que mais dependem dos serviços públicos.

O PSDB, perdido como cego em tiroteio não sabe se aposta no Ficha-Suja "Emanuel Fernandes", no vislumbrado Deputado Federal Eduardo Cury, ou no fraco candidato Blanco. Certo é que Shakespeare Carvalho é o candidato com mais força e capaz de mobilizar tanto a classe média de direita, quanto os trabalhadores desiludidos com a administração de Carlinhos Almeida, que mais uma vez digo, não representa o verdadeiro PT, de esquerda e socialista.

O PT de São José dos Campos erra mais uma vez ao apostar em alianças, aliados e filiação de gente descompromissada ideologicamente. Erra ao adotar visões flexibilizadas e condenar militantes históricos, com seriedade ética e ideológica para abraçar aventuras eleitorais.

Não há espaços para mais erros! O ano de 2016 será o reflexo deste descompromisso, da traição e das políticas espúrias de alianças. A boca de sapo tarda, mas não falha!

Bruno L. Emídio - Militante Petista.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O que há de revolucionário em defender a descriminalização do uso da maconha?

Muitos companheiros, de diversos partidos, do PSDB ao PSTU, passando pelo PT, PDT, PSOL, PMDB, pedem a descriminalização do uso da maconha e outras drogas, mas em especial, nas alas de esquerda, com um tom quase revolucionário, organizam marchas, passeatas e atos para divulgar esta campanha, contudo não respondem à pergunta "O que há de revolucionário sobre a liberação do consumo?". Alegam as possibilidades e sobre a diminuição da violência, caso seja controlada e admitida pelo Estado, mas se esquecem, que mesmo com as drogas lícitas (Cigarro e Álcool) a população continua sendo vitimada pelo consumo, sejam usuários ou familiares, ou transeuntes. Revolucionário é combater todo seu consumo, venda e propaganda!

Onde está o caráter revolucionário das drogas?


Ainda este ano, companheiros, de diversos espectros políticos, deverão organizar a Marcha da Maconha, muito deles alegando o caráter revolucionário do ato, mas esquecem o que realmente há por detrás deste ato, quase insano. Na verdade, não há nada absolutamente revolucionário, pois na verdade é um ato burguês e totalitário, uma vez que visa a atender as elites que temem em acessar à periferia para obter a matéria-prima que será negociada clandestinamente no meio urbano, para que esta seja negociada com a bênção do poder público, com segurança em farmácias e "cafés recreativos".

Esquecem que na verdade retroalimentarão uma nova cadeia de consumo muito mais vil, devido ao alto grau de exploração de trabalhadores, das constantes "guerras por mercado", e que usam indiscriminadamente de trabalho infantil. Quem defende o uso descriminalizado é incapaz de ver os efeitos desta cadeia de produção, consumo e venda na periferia, e fixa seu olhar no consumo individualista e egoísta.

Estes consumidores esquecem também o preço que pagamos já por termos drogas lícitas, que destroem famílias, a economia e a sociedade. Os malefícios do cigarro são conhecidos, e quantos não são aqueles vítimas de enfisema pulmonar, ataques cardíacos, bronquite, asma, e tantos outros males diretos e indiretos que afetam a vida de trabalhadores e trabalhadoras em todo o país, e deixam uma grande quantidade de gastos para o país bancar ao tratar destes pacientes no SUS.

O álcool tem efeitos ainda piores, pois além dos efeitos sobre a saúde como trombose, problemas nos rins e fígado, alterações de humor e caráter, seus efeitos tem consequências sobre a família que sofre com o alcoolismo, tais como a violência e a perda do ente, e sobre aqueles que atravessam o caminhado destes que estão em estado alterado, principalmente na condução de veículos automotores. Defender o uso indiscriminado, ou controlado é abrir de fato mais uma porta de problemas que afetarão a sociedade como um todo.

Não obstante, devemos ter também a consciência de que nem tudo é ruim neste processo, pois também seria interessante que houvessem pesquisas com substâncias e princípios ativos derivados da maconha, contudo, ressaltando que o consumo destas substâncias fosse feita da mesma forma que as demais substâncias e princípios-ativos, de forma descaracterizada e com autorização e testes feitas pelos órgãos competentes.

Não podemos cair no discurso burguês de "liberdade de escolha", pois neste caso a liberdade é relativa, uma vez que o usuário de qualquer droga exercita sua liberdade em primeiro momento, depois sofre as consequências do uso e necessita se tratar para se livrar da droga, e por último depende da solidariedade do sistema para financiar as consequências de seu individualismo. Fora o fato de que alguns usuários tendem a manifestar problemas psicológicos, como a esquizofrenia após uso contínuo de qualquer droga.

A juventude também seria afetada consideravelmente, uma vez que mesmo com as restrições do uso de cigarro e álcool, continua a usar e sofrer com o usa das drogas lícitas, sem as devidas punições àqueles que vendem à eles estas drogas. Com as drogas ilícitas isto também já ocorre, e traz consequências terríveis, liquidando as chances de sucesso e de desenvolvimento intelectual de toda geração.

Não há, portanto, nada revolucionário em organizar e participar desta Marcha. Seu caráter burguês deve ser denunciado, e a militância que ainda reluta em fazer presente neste evento desqualificada. Não podemos continuar a admitir que esta quinta-coluna imponha uma pauta tão reacionária e incoerente.

Revolucionário é lutar contra todas as drogas, da maconha ao álcool, do cigarro ao LSD. É necessário que pensemos em como desarticular a produção, consumo e venda de todas elas, punindo se possível o grande produtor e distribuidor com código penal diferenciado, recuperando socialmente e economicamente o pequeno distribuidor com a punição de caráter pedagógico-social sem abarrotar o sistema prisional, e impedir a concessão de benefícios sociais, econômicos, e o ingresso no serviço público dos usuários, que ao menos não se encontram na condição de tratamento, bem como a punição severa daqueles que usam de mão-de-obra infantil em qualquer setor da cadeia criminal do tráfico.

Bruno L. Emídio - Secretário da Juventude do Partido dos Trabalhadores de São José dos Campos

Voltando aos tempos de FHC!

Eu que achava que aqueles tempos de racionamento de energia e água haviam ido para bem longe, que não haveriam mais ataques aos direitos dos trabalhadores, alta de juros, e restrições de concessão de benefícios, me enganei, aliás, nos enganamos. Cadê a militância de luta ativa e crítica? Muitos se renderam a farsa do colaboracionismo de classes, do poder a todo o custo. É hora de cobrar que o PT seja PT! Que nossos parlamentares e governos sejam vermelho-socialistas!



A cada dia que se passa, o governo de Dilma Rousseff, e alguns parlamentares do PT tem demonstrado que a fórmula de rendição aos imperativos do mercado, como fizera FHC em seu primeiro e segundo governo, está sendo reeditada, de maneira "mais branda", contudo, surpreende justamente por se tratar do PT. O partido que mais criticou e ousou pensar diferente, com a construção de políticas populares, e reorientar os rumos da política econômica, agora se deixa levar pelos interesses do mercado e o colaboracionismo de classe, como pode?

Dilma Rousseff, hoje com sua equipe econômica, digna de lástima e horror, dado que se parece com o modelo que editaria Aécio Neves, caso tivesse ganho, impõem a economia à beira do caos econômico (mais influenciada por fatores externos do que internos) um remédio tão forte que é capaz de matar o paciente, em termos econômicos, restringe e encarece o crédito, justamente quando a economia precisa de maior fluidez, e maiores investimentos, como fizera Lula em 2007-10, quando a economia global entrou em recessão, e o país cresceu em taxas maiores.

A política de restrição a concessão de benefícios sociais, em especial ao FGTS, e a flexibilização trabalhista, novamente vem mascarar a situação real, de modo paliativo, onde restringe estas concessões para fazer caixa, e esquece de combater os verdadeiros problemas destas concessões. A grande maioria destes benefícios advém da rotatividade de emprego, ou seja, das condições precárias de trabalho impostas pelos patrões, que não valorizam seus trabalhadores, não dispõem de bons planos de carreira, e usam de toda a gama de assédios (moral, psicológico e sexual).

O PT também tem grande responsabilidade sobre este momento, uma vez que tem se rendido a lógica do jogo político ao invés de combatê-lo arduamente. Muitos parlamentares hoje, se preocupam mais com as cadeiras que ocuparam nas lideranças da Câmara e Senado, do que efetivamente em cultivar boas relações com os movimentos representantes da classe trabalhadora.

Parece que o PT se tornou um PSDB, com políticas um pouco mais avançadas e mais diversificado, mas com todos os vícios que o tucanato desenvolveu no âmbito do sistema político. Não podemos admitir o retorno do neoliberalismo e da ortodoxia econômica, tal qual criticávamos nos tem de FHC.

Governos petistas devem estar do lado do povo, construindo políticas populares, de desconcentração de renda, de desenvolvimento social, ecossocialista, e em favor da classe trabalhadora como um todo. Elegemos Dilma para isto, e esperamos dela e de nossos parlamentares o cumprimento daquilo que fora firmado nas campanhas... queremos um governo vermelho-socialista!

sábado, 24 de janeiro de 2015

República Rebelde do Estado de São Paulo

Em vinte anos de governo PSDB, o sr. Geraldo Alckmin, governador desafia os limites do sistema democrático, da governança transparente, e da lisura administrativa, transformando São Paulo num pandemônio. Sua administração disseminou incompetência e desordem por todas as áreas administrativas, sem qualquer intervenção da ALESP, Ministério Público, ou Governo Federal, desafiando legislações, os direitos humanos, e a gestão democrática. São Paulo sob a sua gestão é quase como uma República Rebelde... A República Rebelde do Estado de São Paulo!


Desde que assumiu o Governo do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin conduz o Estado com mãos de ferro contra a população que o elegeu, contra os servidores estaduais que o combatem diuturnamente, e contra os trabalhadores que sofrem as consequências de seu (des)governo.

Sua gestão tem como marcas o crescimento e o fortalecimento do crime organizado PCC, que em sua gestão espalhou suas "filiais" a outros estados, bem como o aumento dos casos de violação de direitos humanos e de genocídio da população afrodescendente na periferia dos centros urbanos paulistas. Com Geraldo Alckmin a Polícia Militar se tornou guarda leal e particular do governador contra os trabalhadores.

Na educação Geraldo Alckmin conseguiu devastar a categoria de professores com salário de fome, auxílio-coxinha ínfimo, e a quebra da categoria dos professores pelo alfabeto (efetivos=A; estáveis=F; provisórios=O; entre outros), por cargos (Professores, Coordenadores, Coordenador de Coordenadores, Diretores e Vices, Dirigentes), e por evolução por "mérito". As escolas refletem o que exatamente querem formar... tem grades, são escuras, não tem espaços de aprendizado efetivo, são em sua grande maioria espaços violentos (em todos os sentidos), e deseducam professores, equipe de gestão e alunos. Descumpre a Lei do Piso, que determina jornada de até 26h/aula com alunos (2/3 em sala) e 14h/aula em planejamento (1/3 fora de sala de aula, em local de livre escolha).

Para aqueles que não imaginavam, até a USP, UNICAMP e UNESP, universidades orgulhosamente paulistas, com grande destaque na produção acadêmica e tecnológica em vários setores, correm o risco de serem privatizadas. O ano de 2014 estas universidades tiveram que dispensar bolsistas, encerrar cursos de extensão acadêmica e comunitária, bem como atrasaram pagamentos de seus funcionários (http://www.cartacapital.com.br/politica/a-privatizacao-indireta-das-universidades-estaduais-paulistas-7131.html).

A saúde paulista deveria figurar como uma das melhores do país e do mundo, já que o próprio governador tem experiência na área, uma vez que é médico, e conhece(ou deveria conhecer) os problemas deste setor, contudo, não há hospitais regionais em volume adequado, os salários da área são considerados baixos, o sistema IAMSPE (dos servidores do estado) somente tem baixas de especialistas e se acostumou com a baixa eficiência dos CEAMAS, Hospital do Servidor e etc., pelas sucessivas reformas, falta de profissionais e denúncias de má fé de servidores que burlam o próprio sistema. Grandes cidades e médias do Estado de São Paulo como São José dos Campos, Guarulhos, Votuporanga, Campinas, Sorocaba, Caraguatatuba não tem Hospitais Regionais (HR's), e atendem a um grande público oriundo de várias cidades do Estado e de fora dele.

Sobre o saneamento básico e abastecimento hídrico Geraldo Alckmin e os governos do PSDB deram mostras de tudo o que efetivamente não se deve fazer. Suas inabilidades em fazer as devidas manutenções fazem perder 32%, de acordo com a Revista Brasil Atual (http://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/2014/03/desperdicio-de-agua-da-sabesp-atingiu-32-mesmo-com-investimentos-para-reduzir-a-perda.html), e suas promessas de despoluição do Tietê se tornaram piadas de mal gosto. Ano após ano vemos medidas paliativas sendo tomadas pela SABESP, que fazem o povo paulista sofrer, e grandes volumes de lucros repartidos nas bolsas de ações (SP e NY), somente no ano passado algo em torno de 4 bilhões de reais, que se fossem aplicadas nos últimos dez anos, poderiam mitigar a crise hídrica de forma muito drástica, com a construção de reservatórios, e na manutenção dos já existentes.

Pior agora que já pensa em transpor o pobre Rio Paraíba do Sul que já anda debilitado, com represas na ordem de 4% à 0,4% de capacidade para mitigar os efeitos de sua política devastadora de recursos hídricos e da incompetência nos investimentos para garantia de saneamento dos grandes rios que atravessam a capital paulista. Tanta foi sua inabilidade que prefeitos da RM de São Paulo, liderados por Fernando Haddad, chamaram uma reunião como o secretário de recursos hídricos (http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2015-01-22/haddad-tenta-reunir-prefeitos-para-resolver-crise-hidrica-de-sao-paulo.html), que antes se negava em atendê-los. As consequências deste impacto viram para todos os habitantes da RM do Vale do Paraíba, sem consulta e debate, impactando cerca de 2 milhões de pessoas

Fora que neste mês de janeiro de 2015, fazem quinze anos de uma das maiores tragédias humanas ocorridas neste Estado, orquestrada pelo Governador Geraldo Alckmin e do ex-prefeito Eduardo Cury, que atualmente ocupa o posto de Deputado Federal, pelo PSDB. Várias foram as denúncias no Ministério Público, OEA (Organização dos Estados Americanos) e na ONU (http://www.conversaafiada.com.br/politica/2012/01/27/pinheirinho-onu-da-48h-a-nahas-e-alckmin/), e mesmo assim desocuparam um terreno com enorme valor social, para agradar a especulação imobiliária. Alckmin deveria ser encaminhado à Haia por violação dos direitos humanos, que mesmo após Dilma e Carlinhos construírem um conjunto habitacional à estas famílias, ainda deixam marcas indeléveis na memória e no espaço urbano de nossa cidade.

Em todos os sentidos, Geraldo Alckmin se comporta como se São Paulo estivesse alienada do país, como uma república à parte, rebelde aos interesses do estado brasileiro. Alckmin somente lembra que seu governo faz parte como ente federativo quando lhe interessa. Os órgãos estaduais de fiscalização falham em fazer sua parte, pois em boa parte são coniventes com o estado caótico paulista, uma vez que estão os próprios funcionários judiciários integrados à elite paulistana e veneram o arcabouço ineficiente criado pelo PSDB.

Já sofremos as consequências dos governos tucanos em São Paulo, e eles atuam como uma "quinta coluna" para toda a nação, sucateando postos de trabalho, retirando empregos paulistas, desfigurando a educação e os profissionais de ensino, destruindo o "welfare state" de Lula e Dilma, e desfazendo o crescimento e desenvolvimento econômico. Vivemos na República Rebelde do Estado de São Paulo, lar do ditador supremo Geraldo Alckmin... até quando?

Bruno L. Emídio - Secretário da Juventude do Partido dos Trabalhadores de Sâo José dos Capos
 

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Queremos Valentia, Presidenta Dilma!

Quando em Outubro elegemos Dilma, e muitos de nós brasileiros confiaram no PT e em seus deputados, senadores, governadores, queríamos mais mudanças, e ansiamos pela radicalização à esquerda de nossos ideais. Foi uma batalha épica, que demonstrou o quanto a luta de classes continua viva, e a esquerda e a direita, o quanto demonstraram que são campos inconciliáveis, tanto do ponto de vista ideológico, quanto programático. Antes de Dilma assumir, infelizmente sucumbiu aos desejos do mercado, errando como fizera FHC e tantos outros antes dele,como quem coloca raposas para tomar conta do galinheiro. Precisamos que reedite as políticas econômicas iniciadas por Lula, e as aprofunde, seja valente presidenta!



O bordão "Coração Valente" entoado em nossa última campanha à presidente, deu o tom do que era necessário fazer daqui em frente, pois vimos num processo político extremamente radicalizado e politizado (ainda que negativamente pelo campo da direita, que lançou toda a peçonha de ódio e preconceito para vencer a todo o custo) um país dividido entre a burguesia reacionária e inconsciente contra o campo dos trabalhadores conscientes e ansiosos por mais mudanças. Dilma enfrentou com grande dignidade esta disputa, sem se deixar contaminar pela direita liderada por Aécio e seguida por Marina, Fidélix, Pastor Everaldo e por tantos outros asseclas.

Sabemos que haveriam dificuldades para construção de uma base aliada coesa, principalmente quanto temos o próprio PMDB cadavérico e sedento de poder sentado ao lado na vice-presidência. Mas seria preciso fazer este enfrentamento para demonstrar o quanto equivocados foram aqueles que confiaram o voto em outras legendas, e que o PT de fato quer a evolução ética, institucional e social do Brasil, desmistificando o caráter pútrido das demais legendas de centro e de direita do país.

Dilma se entregou, como jamais imaginávamos, colocando gente da pior laia possível, com Kassab, Kátia Abreu e Joaquim Levy, que dirigem ministérios de importância essencial para o Brasil ser guiado ou escapar a crise econômica. Kassab, dirige hoje o Ministério das Cidades, extremamente importante no planejamento e destino de verbas a projetos de reforma urbana, e fiscalização de obras como o PAC.

Kátia Abreu dirige o Ministério da Agricultura, que pode escolher em destinar verbas para o agronegócio exportador, ou ao pequeno agricultor familiar. Suas decisões podem afetar na diminuição de oferta de bens agrícolas ao mercado interno, se optar pelo agronegócio, ou fazer baixar a inflação com a reforma agrária, caso desejar destinar recursos para agricultores familiares, oriundos da reforma agrária, e parar de bancar a "Bolsa Agronegócio" daqueles que perdem  fortunas com azares climáticos de culturas de exportação, ou ainda daqueles que importam insumos (maquinários, fertilizantes, tecnologias) e exploram perversamente os trabalhadores do campo.

Joaquim Levy, ainda me parece o pior, já que dentre todos, é aquele que controla os rumos da economia. Seu estilo conservador, ortodoxo, parece-me muito com o Pedro Malan, que foi capaz de sacrificar a economia para atender os interesses do FMI e do Banco Mundial. O remédio dado neste início de ano, ao indicar o não reajuste dos valores da tabela do IR, e de acenar favoravelmente à parada da política de fortalecimento do mínimo, sugerem que deseja "matar o paciente". Precisamos que taxe as grandes fortunas, e modere a taxação da classe trabalhadora para que consuma e prospere.

Dilma Rousseff, é preciso mais coragem e valentia para expurgar toda essa laia de raposas e sanguessugas, e retomar o diálogo com trabalhadores e movimentos. Não há espaços para erros, ou em 2018, veremos o PSDB triunfar e aprofundar as políticas de violência econômica e social.

Não faltam nas bases do PT e dos partidos de esquerda quadros capazes de vencer as amarras do mercado, precisamos que demonstre apenas vontade e valentia para mudar mais! Seja de fato, nosso coração valente!

Bruno L. Emídio - Secr. da Juventude do PT de São José dos Campos

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Por qual motivo não pode Marta ser expulsa do PT?

As últimas declarações de Marta Suplicy contra a direção nacional do PT, direção esta que a mesma ajudou a construir, e a destruir a ideologia de nosso partido. Marta não pode ser expulsa, pelos atuais componentes que compõem a direção nacional, pois estes mesmos senhores também deveriam tomar o rumo para fora do PT. Toda a cúpula da CNB-PTLM-Novos Rumos são culpados pelo processo de imobilismo político que tomou conta do PT, Marta e toda a ala de direita, para fora do PT!

Marta, Vaccarezza e toda a corja da direita do PT, a porta da rua é a serventia da casa!

Não discutirei a Marta Suplicy, enquanto prefeita, ministra e militante pelos direitos humanos, que aliás considero como um quadro de grande valia na luta para construção de boas experiência administrativas, e de engrandecimento do PT. Pretendo discutir Marta Suplicy, do seu ponto de vista ideológico, bem como, do seu projeto pessoal de poder, que aliás, tem sido praxe daqueles das alas mais à direita do PT.

Marta Suplicy, ao longo de seus anos de militância, ajudou a construir o "Campo Majoritário", e posteriormente ajudou a consolidar o campo do "PTLM-Novos Rumos", liderou um processo, que até hoje é sofrível para a militância petista, onde articulou a construção de alianças políticas com partidos de direita, com os malufistas, e toda a corja do PMDB.

No interior do partido, a sua ala, e as outras que compõem as atuais direções estadual e nacional, entre elas a CNB e o Novos Rumos, que apoiaram a condução de políticas malignas, "tratorando" as correntes e tendências menores, expulsando àquelas que denunciavam as políticas traídoras da classe trabalhadora, e reorganizando informalmente o "Campo Majoritário".

Marta apoiou a condução do PT para o centro político, bem como para o centro ideológico, numa visão descompromissada entre PT e a classe trabalhadora, e da construção da militância petista alienada. Não à toa, militantes oriundos do seu grupo surgem com o mesmo tipo de prática, onde usam a militância como bem querem, traem os compromissos firmados nas campanhas, para subitamente assumirem compromissos com a burguesia e setores pequenos, médios, e grande burgueses. Em nossa região não faltam exemplos desta prática, inclusive de um quadro muito conhecido, que hoje é prefeito em São José dos Campos, Carlinhos de Almeida, surgiu do Novos Rumos, grupo ligado ao PTLM de Marta Suplicy.

Alguns dos mesmos que hoje Marta ousa criticar, foram aqueles que ela ousou construir políticas das mais vis para o PT. Rui Falcão, um dos líderes do Novos Rumos, grupo que tem como referências quadros como Jilmar e Ênio Tatto, apoiaram a todo instante suas políticas e práticas, dentro e fora do PT, hoje a mesma os crítica.

Marta, não pode ser expulsa por este grupo, ela deve sair com todos aqueles que ontem construíram  suas políticas com ela, e hoje são por ela acusados de degenerar o PT. Marta Suplicy age com grande incoerência e hipocrisia, não está em posição de julgar aqueles que antes chamava de companheiros e amigos, sua trajetória depõe contra ela e seus acusados.

Bruno L. Emídio - Secr. Municipal da JPT de São José dos Campos 

sábado, 10 de janeiro de 2015

São José dos Campos precisa olhar para frente! - Por uma política de transportes condizente com o crescimento urbano.

Não é possível que a atual secretaria de transportes de nossa cidade continue a ignorar a necessidade de ampliação dos meios de transporte em nosso município, justamente no período em que a cidade e a região acabam de se inserir em uma nova região metropolitana (RM Vale do Paraíba). São José é o centro econômico, populacional, e cultural desta região metropolitana, com população estimada em 681 mil habitantes, com conurbação com Jacareí (224 mil habitantes) e Caçapava (90 mil habitantes), e ainda tendo Monteiro Lobato (4,5 mil habitantes) como cidade satélite. É preciso pensar além dos BRT's e de pontos de ônibus (ainda desconfortáveis).

Projeto inicial cancelado - O modelo pretendido seria apenas para privilegiar uma parcela da população, é preciso pensar maior e antever o processo de desenvolvimento urbano.


O início da gestão de Wagner Balieiro na Secretaria de Transportes foi extremamente promissor, com a criação das faixas exclusivas de ônibus, com a ampliação das ciclovias e com o início dos estudos da implementação do BRT's e do metrô de superfície, bem como sua gestão, apesar das críticas do preço das passagens, e do abandono posterior do projeto do metrô, por fatores além de seu alcance e vontade política, que creio eu, dependeram da vontade de outros.

Contudo, o atual secretário Luiz Marcelo, tem desafios maiores para cumprir, inclusive ao retomar a licitação do BRT, que atualmente está parada. Dentre os desafios, como ajustar os transportes ao uma população crescente, rodeada diretamente por cerca de 1 milhão de habitantes, bem como a explosão populacional das regiões Sul e Leste da cidade, e ao potencial crescimento econômico da cidade de Jacareí, que terá impacto direto no fluxo de transportes aos centros comerciais das regiões central, sul e oeste da cidade.

Como já assinalei em outros escritos, o CODIVAP, mas principalmente os municípios de São José dos Campos, Jacareí, Caçapava, Monteiro Lobato, deveriam fazer a pressão sobre o governo do Estado de São Paulo ou criar uma empresa estatal para gerenciar o transporte metroviário/ferroviário. Não podemos vacilar neste momento, pois o atual modelo de transporte é demasiadamente caro, necessita de grandes investimentos em linhas que poderiam ser substituídas pelo transporte férreo.

Seria também uma forma de colocar em evidência regiões que hoje passam ao largo do desenvolvimento econômico como o Eugênio de Melo, São Francisco Xavier - Monteiro Lobato, e Eixo Carvalho Pinto SJC-Jacareí. A construção de linhas férreas tornariam o deslocamento mais rápido, barato, com a possibilidade de levar um fluxo maior de pessoas para roteiros culturais, paisagísticos, e de trabalho entre as cidades e as regiões da cidade.


O VLT é mais vital para apoiar o desenvolvimento social, econômico e cultural de nossa cidade.

O abandono do projeto metroviário sabemos que é falta de vontade política de Carlinhos de Almeida, que teme as implicações da burguesia ao trazer fluxo de trabalhadores, ávidos em consumir e se deslocar pela cidade. Contudo, como Ângela Guadagnin anteviu, a cidade necessita criar vias para o crescimento ordenado, e sua previsão permitiu o desenvolvimento da região Sul como vemos hoje, mas após décadas de governos tucanos e este de Carlinhos (que está longe de ser petista), a cidade vacilou e seus planos hoje se encontram superados.

Ainda que pese o fato de não concordar com este governo, e de seus apoiadores não gostarem de meus textos, peço para que por favor repensem o desenvolvimento do VLT, ainda que sejam nos moldes anteriores, pois a cidade de São José dos Campos não pode mais utilizar esta estrutura de ônibus e BRT's, que no máximo são atenuantes a situação crítica que se encontram os transportes na cidade.

Bruno L. Emídio - Secretário Municipal da JPT de São José dos Campos