Em vinte anos de governo PSDB, o sr. Geraldo Alckmin, governador desafia os limites do sistema democrático, da governança transparente, e da lisura administrativa, transformando São Paulo num pandemônio. Sua administração disseminou incompetência e desordem por todas as áreas administrativas, sem qualquer intervenção da ALESP, Ministério Público, ou Governo Federal, desafiando legislações, os direitos humanos, e a gestão democrática. São Paulo sob a sua gestão é quase como uma República Rebelde... A República Rebelde do Estado de São Paulo!
Desde que assumiu o Governo do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin conduz o Estado com mãos de ferro contra a população que o elegeu, contra os servidores estaduais que o combatem diuturnamente, e contra os trabalhadores que sofrem as consequências de seu (des)governo.
Sua gestão tem como marcas o crescimento e o fortalecimento do crime organizado PCC, que em sua gestão espalhou suas "filiais" a outros estados, bem como o aumento dos casos de violação de direitos humanos e de genocídio da população afrodescendente na periferia dos centros urbanos paulistas. Com Geraldo Alckmin a Polícia Militar se tornou guarda leal e particular do governador contra os trabalhadores.
Na educação Geraldo Alckmin conseguiu devastar a categoria de professores com salário de fome, auxílio-coxinha ínfimo, e a quebra da categoria dos professores pelo alfabeto (efetivos=A; estáveis=F; provisórios=O; entre outros), por cargos (Professores, Coordenadores, Coordenador de Coordenadores, Diretores e Vices, Dirigentes), e por evolução por "mérito". As escolas refletem o que exatamente querem formar... tem grades, são escuras, não tem espaços de aprendizado efetivo, são em sua grande maioria espaços violentos (em todos os sentidos), e deseducam professores, equipe de gestão e alunos. Descumpre a Lei do Piso, que determina jornada de até 26h/aula com alunos (2/3 em sala) e 14h/aula em planejamento (1/3 fora de sala de aula, em local de livre escolha).
Para aqueles que não imaginavam, até a USP, UNICAMP e UNESP,
universidades orgulhosamente paulistas, com grande destaque na produção
acadêmica e tecnológica em vários setores, correm o risco de serem
privatizadas. O ano de 2014 estas universidades tiveram que dispensar
bolsistas, encerrar cursos de extensão acadêmica e comunitária, bem como
atrasaram pagamentos de seus funcionários
(http://www.cartacapital.com.br/politica/a-privatizacao-indireta-das-universidades-estaduais-paulistas-7131.html).
A saúde paulista deveria figurar como uma das melhores do país e do mundo, já que o próprio governador tem experiência na área, uma vez que é médico, e conhece(ou deveria conhecer) os problemas deste setor, contudo, não há hospitais regionais em volume adequado, os salários da área são considerados baixos, o sistema IAMSPE (dos servidores do estado) somente tem baixas de especialistas e se acostumou com a baixa eficiência dos CEAMAS, Hospital do Servidor e etc., pelas sucessivas reformas, falta de profissionais e denúncias de má fé de servidores que burlam o próprio sistema. Grandes cidades e médias do Estado de São Paulo como São José dos Campos, Guarulhos, Votuporanga, Campinas, Sorocaba, Caraguatatuba não tem Hospitais Regionais (HR's), e atendem a um grande público oriundo de várias cidades do Estado e de fora dele.
Sobre o saneamento básico e abastecimento hídrico Geraldo Alckmin e os governos do PSDB deram mostras de tudo o que efetivamente não se deve fazer. Suas inabilidades em fazer as devidas manutenções fazem perder 32%, de acordo com a Revista Brasil Atual (http://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/2014/03/desperdicio-de-agua-da-sabesp-atingiu-32-mesmo-com-investimentos-para-reduzir-a-perda.html), e suas promessas de despoluição do Tietê se tornaram piadas de mal gosto. Ano após ano vemos medidas paliativas sendo tomadas pela SABESP, que fazem o povo paulista sofrer, e grandes volumes de lucros repartidos nas bolsas de ações (SP e NY), somente no ano passado algo em torno de 4 bilhões de reais, que se fossem aplicadas nos últimos dez anos, poderiam mitigar a crise hídrica de forma muito drástica, com a construção de reservatórios, e na manutenção dos já existentes.
Pior agora que já pensa em transpor o pobre Rio Paraíba do Sul que já anda debilitado, com represas na ordem de 4% à 0,4% de capacidade para mitigar os efeitos de sua política devastadora de recursos hídricos e da incompetência nos investimentos para garantia de saneamento dos grandes rios que atravessam a capital paulista. Tanta foi sua inabilidade que prefeitos da RM de São Paulo, liderados por Fernando Haddad, chamaram uma reunião como o secretário de recursos hídricos (http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2015-01-22/haddad-tenta-reunir-prefeitos-para-resolver-crise-hidrica-de-sao-paulo.html), que antes se negava em atendê-los. As consequências deste impacto viram para todos os habitantes da RM do Vale do Paraíba, sem consulta e debate, impactando cerca de 2 milhões de pessoas
Fora que neste mês de janeiro de 2015, fazem quinze anos de uma das maiores tragédias humanas ocorridas neste Estado, orquestrada pelo Governador Geraldo Alckmin e do ex-prefeito Eduardo Cury, que atualmente ocupa o posto de Deputado Federal, pelo PSDB. Várias foram as denúncias no Ministério Público, OEA (Organização dos Estados Americanos) e na ONU (http://www.conversaafiada.com.br/politica/2012/01/27/pinheirinho-onu-da-48h-a-nahas-e-alckmin/), e mesmo assim desocuparam um terreno com enorme valor social, para agradar a especulação imobiliária. Alckmin deveria ser encaminhado à Haia por violação dos direitos humanos, que mesmo após Dilma e Carlinhos construírem um conjunto habitacional à estas famílias, ainda deixam marcas indeléveis na memória e no espaço urbano de nossa cidade.
Em todos os sentidos, Geraldo Alckmin se comporta como se São Paulo estivesse alienada do país, como uma república à parte, rebelde aos interesses do estado brasileiro. Alckmin somente lembra que seu governo faz parte como ente federativo quando lhe interessa. Os órgãos estaduais de fiscalização falham em fazer sua parte, pois em boa parte são coniventes com o estado caótico paulista, uma vez que estão os próprios funcionários judiciários integrados à elite paulistana e veneram o arcabouço ineficiente criado pelo PSDB.
Já sofremos as consequências dos governos tucanos em São Paulo, e eles atuam como uma "quinta coluna" para toda a nação, sucateando postos de trabalho, retirando empregos paulistas, desfigurando a educação e os profissionais de ensino, destruindo o "welfare state" de Lula e Dilma, e desfazendo o crescimento e desenvolvimento econômico. Vivemos na República Rebelde do Estado de São Paulo, lar do ditador supremo Geraldo Alckmin... até quando?
Bruno L. Emídio - Secretário da Juventude do Partido dos Trabalhadores de Sâo José dos Capos
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