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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O que há de revolucionário em defender a descriminalização do uso da maconha?

Muitos companheiros, de diversos partidos, do PSDB ao PSTU, passando pelo PT, PDT, PSOL, PMDB, pedem a descriminalização do uso da maconha e outras drogas, mas em especial, nas alas de esquerda, com um tom quase revolucionário, organizam marchas, passeatas e atos para divulgar esta campanha, contudo não respondem à pergunta "O que há de revolucionário sobre a liberação do consumo?". Alegam as possibilidades e sobre a diminuição da violência, caso seja controlada e admitida pelo Estado, mas se esquecem, que mesmo com as drogas lícitas (Cigarro e Álcool) a população continua sendo vitimada pelo consumo, sejam usuários ou familiares, ou transeuntes. Revolucionário é combater todo seu consumo, venda e propaganda!

Onde está o caráter revolucionário das drogas?


Ainda este ano, companheiros, de diversos espectros políticos, deverão organizar a Marcha da Maconha, muito deles alegando o caráter revolucionário do ato, mas esquecem o que realmente há por detrás deste ato, quase insano. Na verdade, não há nada absolutamente revolucionário, pois na verdade é um ato burguês e totalitário, uma vez que visa a atender as elites que temem em acessar à periferia para obter a matéria-prima que será negociada clandestinamente no meio urbano, para que esta seja negociada com a bênção do poder público, com segurança em farmácias e "cafés recreativos".

Esquecem que na verdade retroalimentarão uma nova cadeia de consumo muito mais vil, devido ao alto grau de exploração de trabalhadores, das constantes "guerras por mercado", e que usam indiscriminadamente de trabalho infantil. Quem defende o uso descriminalizado é incapaz de ver os efeitos desta cadeia de produção, consumo e venda na periferia, e fixa seu olhar no consumo individualista e egoísta.

Estes consumidores esquecem também o preço que pagamos já por termos drogas lícitas, que destroem famílias, a economia e a sociedade. Os malefícios do cigarro são conhecidos, e quantos não são aqueles vítimas de enfisema pulmonar, ataques cardíacos, bronquite, asma, e tantos outros males diretos e indiretos que afetam a vida de trabalhadores e trabalhadoras em todo o país, e deixam uma grande quantidade de gastos para o país bancar ao tratar destes pacientes no SUS.

O álcool tem efeitos ainda piores, pois além dos efeitos sobre a saúde como trombose, problemas nos rins e fígado, alterações de humor e caráter, seus efeitos tem consequências sobre a família que sofre com o alcoolismo, tais como a violência e a perda do ente, e sobre aqueles que atravessam o caminhado destes que estão em estado alterado, principalmente na condução de veículos automotores. Defender o uso indiscriminado, ou controlado é abrir de fato mais uma porta de problemas que afetarão a sociedade como um todo.

Não obstante, devemos ter também a consciência de que nem tudo é ruim neste processo, pois também seria interessante que houvessem pesquisas com substâncias e princípios ativos derivados da maconha, contudo, ressaltando que o consumo destas substâncias fosse feita da mesma forma que as demais substâncias e princípios-ativos, de forma descaracterizada e com autorização e testes feitas pelos órgãos competentes.

Não podemos cair no discurso burguês de "liberdade de escolha", pois neste caso a liberdade é relativa, uma vez que o usuário de qualquer droga exercita sua liberdade em primeiro momento, depois sofre as consequências do uso e necessita se tratar para se livrar da droga, e por último depende da solidariedade do sistema para financiar as consequências de seu individualismo. Fora o fato de que alguns usuários tendem a manifestar problemas psicológicos, como a esquizofrenia após uso contínuo de qualquer droga.

A juventude também seria afetada consideravelmente, uma vez que mesmo com as restrições do uso de cigarro e álcool, continua a usar e sofrer com o usa das drogas lícitas, sem as devidas punições àqueles que vendem à eles estas drogas. Com as drogas ilícitas isto também já ocorre, e traz consequências terríveis, liquidando as chances de sucesso e de desenvolvimento intelectual de toda geração.

Não há, portanto, nada revolucionário em organizar e participar desta Marcha. Seu caráter burguês deve ser denunciado, e a militância que ainda reluta em fazer presente neste evento desqualificada. Não podemos continuar a admitir que esta quinta-coluna imponha uma pauta tão reacionária e incoerente.

Revolucionário é lutar contra todas as drogas, da maconha ao álcool, do cigarro ao LSD. É necessário que pensemos em como desarticular a produção, consumo e venda de todas elas, punindo se possível o grande produtor e distribuidor com código penal diferenciado, recuperando socialmente e economicamente o pequeno distribuidor com a punição de caráter pedagógico-social sem abarrotar o sistema prisional, e impedir a concessão de benefícios sociais, econômicos, e o ingresso no serviço público dos usuários, que ao menos não se encontram na condição de tratamento, bem como a punição severa daqueles que usam de mão-de-obra infantil em qualquer setor da cadeia criminal do tráfico.

Bruno L. Emídio - Secretário da Juventude do Partido dos Trabalhadores de São José dos Campos

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